Acordo como sempre, uma hora antes do sol nascer.
Me arrumo com meu macacão que é de um tecido macio, confortável e resistente. Depois de pronta, saio sorrateiramente do castelo e vou para o mais longe possível dele.
Depois de chegar no local costumeiro, olho em volta fitando o grande lago com uma pedra circular no meio. Era tudo realmente magnífico e, para completar, as árvores formavam uma coroa oscilando os tamanhos em volta do lago. Me pergunto se esse lugar já foi importante como um santuário ou algo assim, porque agora está abandonado.
Vou flutuando até a pedra no meio do lago e me sento lá, começando a meditar.
Logo sinto todo o poder de equilíbrio da força ao meu redor, sendo expressos através de mim por pedras que flutuam ao meu redor.
Escuto melodias emitidas pelo passar do vento pelas árvores. Inspiro profundamente tentando congelar aquele ar puro em meus pulmões.
Depois de um tempo relaxando ali, vejo alguns raios de sol começarem a iluminar as árvores e a clarear a água cor cristal do lago.
Decido voltar antes que o sol saia mais ainda.
Caminho a passos firmes, subindo e descendo pedras e logo mais, já posso ver os muros do castelo.
Não havia muralhas ao redor do castelo, minha mãe não gosta disso. Ela sempre diz que: "Uma rainha vive pelo seu povo e que deve ser acessível a ele". Não que eu tenha que me preocupar em ser rainha, sou a mais nova dos seus três lindos filhos "gêmeos", estava livre desse fardo.
Primeiro veio Leah, que pelo nome já percebe-se a homenagem à nossa memorável general Leia Skywalker. Depois veio Lucca que também tem o nome parecido com o de Luke Skywalker, antigo mestre de minha mãe Rey Skywalker. Por último, eu vim, meu nome é Kylie, tenho esse nome porque antes de desmaiar na hora do parto, minha mãe disse "Kylo". Os médicos se lembraram desse nome e, ficaram em dúvida se era uma alucinação da dor ou o nome que ela queria por em mim, então, eles colocaram Kylie no meu registro de nascimento e depois de consciente, minha mãe não contestou, ao menos, foi essa a história que me contaram, nunca dá pra saber se é a versão original.
Entro habilidosamente no castelo, a segurança estava relaxada já que nada perigoso acontecia havia anos.
Vou para o meu quarto e me troco, vestindo minha roupa de dormir e me deitando na minha cama para tirar um cochilo antes das atividades matinais começarem.
Quando o sino da manhã toca, me levanto em um sobressalto, não tinha percebido que tinha dormido, deve ter sido o cansaço. Visto um macacão bege, uma cor padrão do governo, chega a ser cansativo, ver todo mundo usando as mesmas cores. Nós só usamos outras cores para outras ocasiões. Branco para casamentos, amarelo para inaugurações, azul para bailes, vermelho para funerais, entre outros. A única cor que não se pode ser usada em toda a galaxia é o preto, é proibido por lei e quem quebra-la, pode ser preso permanentemente até que, se prove sua inocência. Está cor está relacionada aos sith e o lado negro da força. As leis são rigorosas para qualquer um que queira dar uma de Darth.
Depois de pronta sigo para o salão das refeições para tomar meu café da manhã. Me sento a mesa observando Leah e Lucca chegarem juntos, eles eram muito unidos e me excluiam de tudo. Leah se senta do meu lado e Lucca do lado dela. A mesa era média e retangular, de forma que eu e meus irmãos ficávamos sentados de frente para minha mãe.
- O que acha do meu novo penteado Kylie? - perguntou Leah com presunção, ela era bem arrogante, gostava de ser sempre os centros das atenções e vivia inventando novos penteados para que todas as meninas babassem da perfeição com que eles caiam em seus lindos cabelos ondulados e naturalmente dourados. Ela e Lucca eram idênticos em aparência, mas, em questão de personalidade, Lucca era de longe, o mais gentil.
- Ficou interessante! - estava horrível na minha opinião, mas, ela não importava para ninguem e eu não estava afim de discutir com ela, já que sempre que isso ocorre, ela faz um teatro enorme e eu sempre saio como a vilã da história, não importa o assunto. Fico imaginando o que ela faria se de fato, em alguma ocasião, eu fosse a vilã.
- Posso ver seu interesse estampado em seu rosto! - ela disse irritada com minha indiferença trasmitida naquelas palavras.
- Que bom que nosso elo é tão forte que não precisamos de palavras para nos expressar! - digo e ela bufa em resposta. Ela simplesmente odiava o fato de ser ligada a mim de alguma forma.
- Se me permite, - iniciou Lucca com gentileza interrompendo nossa guerra de olhares - eu acho que este superou todos os outros já inventados por você irmã.
- Obrigada irmão, vejo que somos os únicos com bom gosto na família! - ela sorriu para ele.
- Nossa rainha suprema, Rey Skywalker. - anunciou a cansada voz do velho senhor Ross, ele era legal.
Minha mãe entra na sala e se senta à nossa frente.
E lá vamos nós, começar um longo e entediante dia na corte suprema.
Nós comemos tudo em silêncio, o que era normal já que ninguem tinha algo suficientemente interessante para falar. Minha mãe sempre nos fala pra dar valor a essa comida caseira, porque houve um tempo em que ela apenas dissolvia um pó na água e aquela era a sua refeição.
- Não vou jantar com vocês hoje - disse minha mãe se levantando logo em seguida.
- Por quê? - perguntei.
- Tem algumas coisas que precisam ser resolvidas o quanto antes! - encerrou e saiu da sala.
Me levantei em seguida e segui para o meu quarto para pegar minhas coisas e logo depois fui para a escola.
Ao chegar lá entro pelos grandes portões e sigo para o pátio.
O prédio todo era circular, então, o patio também.
O prédio era dividido em tres partes, a inferior, ou seja, os dez primeiros andares eram reservados para o Primeiro Ensino, que eram as crianças de 1 a 10 anos; a segunda parte, era composta por doze andares que se dedicavam ao Segundo Ensino, que eram jovens de 11 a 20 anos; por ultimo, havia três andares para a organização da escola, lá ficavam os supervisores e o diretor. O pátio ficava no centro do prédio e era enorme, também continha escadas espiraladas embutidas na parede, era elas que levavam os alunos para suas salas. As salas eram separadas por disciplina e cada andar pertencia a uma idade. Todo aluno continha em seu datapad uma lista das disciplinas que teriam naquele dia, também as anotações do que foi falado nas aulas. A escola deixava por critério dos alunos a organização delas, o que para mim era um erro, mas, não há nada que eu possa fazer.
Fui para a minha sala, número 86, andar 17. Sim, eu tenho dezessete anos! Segurei firme meu datapad na mão, única coisa que precisávamos para estudar.
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A New Galaxy
FanfictionAgora, livre da opressão da primeira ordem e do lado negro, a galaxia pode ser livre, mas, resta uma questão.... O poder tem que ficar nas mãos de alguém... E ficou, nas mãos de Rey, a salvadora da galaxia. A garota, agora mulher, que matou Kylo Ren...