Nefilins - Os Filhos Dos Anjos

Conhecer - parte 2

A noite foi tranquila e o sono reparador.

Ao amanhecer os garotos comem e conversam mais, Akira pergunta o que Dante veio fazer nesta cidade.

Ao que lhe responde.

"É mesmo, já que você vai me acompanhar e já me contou bastante sobre você, vou dizer o que eu faço" Um sorriso acompanha sua resposta.

Akira, atenta enquanto Dante fala.

"Aqueles seres horrorosos que vimos antes, são causadores de caos e devoradores de pessoas, são uma ameaça aos humanos comuns..."

"Comuns?" Akira interrompe.

"É comuns, deixa eu terminar." Dante ignora, não dando atenção a falta de memória do seu amigo e prossegue. "Então, eu levo a vida me aventurando em prol de eliminar essa ameaça e salvar pessoas inocentes!"

Dante fala ao apontar o dedo indicador para cima, com uma expressão orgulhosa no rosto e conclui sua fala dizendo. "Pode aplaudir, obrigado! Obrigado!" Se curva como que em agradecimento, fazendo graça.

"Ha ha ha, você e engraçado Dante." Akira diverte-se com as ironias de seu amigo, aplaudindo, dando continuidade à piada.

"Mas, sério, eu faço isso também por reconhecimento."

"Reconhecimento?"

"Sim, pessoas normais não gostam de gente como eu, então, eu as salvo, não só para parecer, mas para mostrar que sou bom"

Assim Dante faz uma pergunta, a Akira, em cima do que está falando. "Akira, me desculpe se eu for grosseiro em perguntar algo desse tipo, mas. ... Você é um humano de sangue puro ou um meio-demônio?"

"Do que você tá falando?" Akira interrompe sem saber do que se trata a pergunta de Dante.

"Hã? ... Eu que não entendo agora, não me diga que não sabe nada sobre isso."

"É... Eu realmente não sei, eu fiquei confuso até quando você disse "humanos comuns", mas você me ignorou he he." Akira responde com o olhar baixo e coçando a nuca.

"Ah é... Você não possui memórias não é!?"

"Isso, mas. ... O que você pergutou agora me intrigou."

De repente imagens embaçadas vieram à mente de Akira, era como se visse a si próprio, de costas, caminhando, como se estivesse exausto, se balançando para os lados. Mas prossegue dizendo. "Demônio você disse? Eu não entendo, mas isso me deixou um pouco atemorizado."

"Caramba Akira! Eu já não sei se é uma boa ideia te contar isso, visto o estado que você se encontra."

"Está tudo bem!" Akira cerra os punhos e bate na mesa

"Mesmo?"

"Sim!" Exclamou Akira.

"Bem, darei uma explicação resumida a partir de mim então. Eu sou um meio-demônio, isso quer dizer que antes de eu nascer, minha mãe, que é humana, teve relações, não com outro humano, mas com um anjo caído, eu soube que eles podem tornar sua aperência semelhante à dos homens, então, ao nascer, herdei, como outros igual a mim, o chamado "sangue de demônio", este se manifesta em nossos corpos nos dando habilidades sobre-humanas. Fui separado da minha mãe e levado à um campo de concentração, onde recebi um treinamento para aprender a sobreviver e, após isso, exilado, proibido de voltar para casa e sem sobrenome, ou seja, sem família ou lugar para retornar."

Akira se emociona ao ouvir a história do amigo e põe suas mãos sobre as mãos dele, e logo lhe diz.

"Conta comigo cara, agora você não está mais só."