| C a p í t u l o Q u a t r o

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Chegueeeeei! ♥

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Chegueeeeei!


"Mas os fatos são os impulsos que vencem, e depois serão contestados." – Robert Burns.


"Alguns se elevam pelo pecado, outros caem pela virtude." – Shakespeare.





   Mas foi uma prece vã.

   Pelo menos para a chuva, que começou a cair a poucos quilômetros de cavalgada depois, adiantando o escurecer do céu. E era uma tempestade à maneira das Terras Altas, trazendo consigo um frio de enrijecer os ossos.

    Edwina, que no início da jornada, tentara se manter afastada ao máximo, do peitoral quente do senhor Grantham, agora se encolhia junto dele sem qualquer pudor para fugir dos ventos que ricocheteavam contra eles sem piedade.

    Se sua capa ao menos não tivesse sido perdida enquanto era arrastada pela floresta...

    Ainda bem que Gilbert Grantham era quente, ela pensou. Na verdade, ele parecia uma fornalha, exalando um calor misturado à colônia cara e couro. Até então, Edwina nunca pensara que esses dois cheiros pudessem combinar tão bem. Mas agora, entretanto, tinha certeza de que jamais esqueceria aquela fragrância tão máscula e inebriante.

    Ela se encolheu um pouco mais nos braços dele e se permitiu observá-lo na nova posição em que estava. Ele tinha um queixo bem marcado e imponente, principalmente com a mandíbula cerrada como ele estava no momento. O nariz era pomposo. Ou o que deveriam chamar de nariz aristocrático como ela já lera em um livro certa vez.

    Esse pensamento aleatório a fez rir. E depois a estremecer.

    Gilbert olhou para baixo procurando o rosto dela.

   — Está tudo bem? — Ele inquiriu.

   — Está. Eu só estava pensando em narizes aristocráticos. — Informou.

   Ele sorriu já com os olhos na estrada.

   Não um sorriso aberto e espontâneo como Edwina começara a ansiar ver nele. Apenas um leve retorcer dos lábios, mas era sincero e ela o considerou uma pequena vitória.

   — Devo presumir que estava me analisando, então?

    Edwina passou as mãos sobre os braços. Onde os pingos grossos de chuva se acumulavam mais e mais.

    — Só se presumir que tem um nariz aristocrático, milorde encantado.

   A sobrancelha dele direita se ergueu. Edwina considerou a movimentação interessante. Ele não parecia mais aborrecido com o tolo apelido dela. Apenas, talvez, provocado.

   — Se sou um lorde encantado, então talvez o nariz combine comigo.

   Ela riu.

   — Então só é preciso um sequestro, bandidos com pistolas e alguma comoção para fazer um inglês ter algum senso de humor?

A Tentação do Visconde | Damas Improváveis - Vol.2 (Apenas Degustação) Onde histórias criam vida. Descubra agora