Herói?

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O moreno se aproximou de mim e se inclinou diante de mim, tentou tocar meus seios, recuei, e lhe dei um belo de um tabefe em sua face, o barulho ecoou por toda a sala, ele travou seu maxilar e veio para cima de mim com raiva.

- Deixa ela, por favor! - minha amiga gritava aos prantos.

- Ela vai aprender a nunca mais bater em sujeito homem - cerrou seus punhos.

- Se você fosse sujeito homem não estava tentando me tocar a força! - exclamei

O homem que estava na sala conosco só ficava assistindo de braços cruzados e sorrindo como se isso tudo fosse um show.

- Tá fudida garota! - andou com fúria até mim me agarrou e jogou no chão, bati minha cabeça com força e senti um líquido escorrendo pela minha testa, como se não bastasse ele começou a desferir vários golpes na minha barriga, conseguia ouvir os gritos da minha amiga cada vez mais longe, estava ficando cada vez mais fraca.

Derrepente ouvi dois barulhos alto de tiro vindo de dentro da casa, o meu agressor se assustou e olhou para trás, seu colega de crime já estava caído sem vida no chão. Ele tenta pegar sua pistola, mas os polícias são mais ágeis e atiram primeiro.

Yasmin se agacha ao meu lado ainda aos prantos e põe minha cabeça sobre suas pernas e acaricia meu cabelo, enquanto os homens fardados revistam a casa inteira.

- Vocês estão bem?! - um homem fardado questiona, sua voz rouca e grave me causa arrepios. Não aguento por mais tempo e vejo a escuridão me levar...

***

Acordo totalmente desnorteada e sinto braços fortes me carregando e sua farda contra o meu corpo, tento ver o nome que está na farda mas é completamente em vão, só consigo ver um borrão, adormeço novamente.

Aí! Senti uma picada no meu braço, tento abrir meus olhos mas a claridade é muito forte, tento mais uma vez até meus olhos se acostumarem com a claridade, eu estou em uma ambulância? Droga!
Será que que a Yasmin está bem? As portas da ambulância são abertas.

- Chegamos, vou te descer okay? - uma voz femenina me tira de meus desvaneios.

- An? Desculpe, aonde eu estou? - vejo que tem alguns carros da bope perto da ambulância.

- No seu condomínio, seu pai está a caminho e já está ciente de tudo - disse ajeitando uma mala de primeiro socorros - você não vai ficar no hospital, seu pai mandou trazer você para cá, para te deixamos na sua casa e teremos os cuidados com você aqui, não se preocupe, você irá ficar bem.

- A senhora tem notícias da minha amiga? Estou preocupada - falei baixo.

- Ela está bem, talvez amanhã ela venha te visitar, agora vamos descer a sua maca ok?

- Confirmei com a cabeça e ela e outro homem começaram a puxar a maca até serem interrompidos por uma voz, e que voz...

- Pode deixar que eu ajudo nisso aí - disse o homem fardado enquanto se aproximava.

Essa voz, não tinha como confundir...

O que ele disse pareceu mais uma ordem do que alguém que queria ajudar, ele pega de um lado da maca sozinho, ele é bem musculoso...

***

- A cama ficou boa no seu quarto? - questiona, seu rosto é inexpressivo.

- Ah! Ficou, muito obrigada...

- O senhor Alexandre quer conversar comigo, tem problema eu esperar aqui?

- Não, claro que não, pode ficar a vontade.

Os Opostos Se Atraem!Onde histórias criam vida. Descubra agora