Os Opostos Se Atraem!

Fechado? fechado!

- Que tal um macarrão ao molho branco e camarão? - tia Jô me pergunta animada.

- Humm, é claro, é o meu prato preferido.

Erick aparace na cozinha um pouco agitado.

- Preciso sair, qualquer coisa me liguem - disse e se retirou as pressas, olhei para a tia jô sem entender e ela fez o mesmo.

- Bom, vamos começar aqui? - indagou ela.

- É claro - sorri amarelo.

Tia Jô começou a preparar o almoço e ficamos conversando durante todo o tempo, eu prestava a atenção em cada movimento que ela fazia, eu adorava aprender, ainda mais coisas sobre culinária, é o meu hobby. Ela é muito habilidosa com a faca, eu tenho um puta medo de facas grandes, prefiro usar as pequenas.

- Bom, está pronto - disse botando o prato sobre a mesa, ela pegou minha cadeira e botou de frente para a mesa para que eu pudesse comer.

- Obrigada tia - peguei o garfo e garfei uma boa quantidade dessa bela maravilha e logo levei a boca - fechei os olhos e joguei minha cabeça para trás ao sentir esse belo sabor - isso está muito bom!

Tia Jô apenas sorriu e bagunçou meus cachos.

- A senhora não vai almoçar comigo? - fiz beicinho.

- Não vou poder, tenho muitas coisas para fazer.

- Poxa, mas a gente sempre almoça juntas.

- Infelizmente hoje não vai dar minha filha.

- Tudo bem então, eu entendo.

Tia Jô se retirou da cozinha e eu fique sozinha, mais uma vez. Amanhã preciso voltar para a faculdade, não posso deixar a matéria acumular.

A enfermeira entra pela porta e eu faço cara de surpresa, ela olha para o meu prato e nega com a cabeça.

- Voltei, e amanhã a senhorita estará livre de mim, você só vai precisar tomar esses antibióticos de seis em seis horas durante uma semana, okay?

Ainda bem que essa velha rabujenta vai ir embora amanhã!

- Mas vai ir embora assim, tão rápido? - fiz cara de triste.

- Sim, meu trabalho por aqui vai estar terminado amanhã de manhã.

- Que pena - fiz biquinho.

- Me poupe das suas ironias, Emilly.

- An? Não é ironia não - fiz a sonsa.

- Tome esse compromido depois do almoço - pôs o comprimido sobre a mesa.

- Sim senhora - bati continência, ela respirou fundo e se retirou.

Queria fazer umas comprinhas, amanhã depois da faculdade eu irei para o shopping.

Senti uma pontada no peito e um sentimento ruim me invadiu... Erick veio a minha mente, será que ele está bem?

- Droga, porque será que ele saiu assim tão apressado hoje de manhã, espero que ele esteja bem - pensei em voz alta.

As horas iam se passando e eu ficava cada vez mais agoniada, tia Jô não ia poder dormir aqui hoje, e a enfermeira estava no quarto de hóspedes, mas eu não iria incomodar ela com as minhas paranóias - uma voz me tira de meus desvaneios.

- Minha filha eu já vou indo, precisa de algo?

- Ah! Não tia Jô, está tudo bem.

- Tem certeza? - acariciou meu rosto.