Chapéu Seletor

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1 de Setembro de 2005 – Beco Diagonal, Londres.

Gregory Oh tentava manter sua boa pose diante de várias classes sociais bruxas enquanto conduzia suas filhas, pelo local de suma importância, com suas listas de materiais.

Lilith e Madelaine praticamente arrastavam o pai por várias lojas a procura de apetrechos dos mais desnecessários e caros aos mais fúteis, logicamente e igualmente, caros. Em uma das livrarias onde compraria seu material didático, Eve notou que seu pai e suas irmãs não estavam mais na loja. Suspirou, estava só e teria paz.

Continuou a procurar os títulos corretos pelas prateleiras, havia bruxos de idades variadas também a procura de seus respectivos materiais, muitos acompanhados dos pais, outros conversavam entre si. Eve não conhecia ninguém, não sabia bem como interagir, então apenas continuou tentando ser invisível aos olhos de todos, como sua família a instruiu a ser.

Depois de algum tempo, já segurava os livros necessários, se encaminhava para o caixa até esbarrar em alguém, segurou firmemente os livros em seus braços e se manteve de pé, mas o garoto que colidiu contra seu corpo estava de joelhos no chão, enquanto recolhia os próprios livros que havia derrubado.

- Desculpa! Eu sinto muito, eu... – O garoto iniciou, era meio desastrado e parecia amedrontado. – Senhorita Oh, não recorra aos seguranças, por favor. – Eve franziu o cenho.

- Mas fui eu que esbarrei em você! – Ela exclamou o óbvio .

- Eu não deveria estar no seu caminho. – O garoto levantou-se de cabeça baixa.

- Deixe de ser idiota, a livraria está cheia. – Eve rebateu. – Como sabe o meu sobrenome?

- Vi você com o seu pai e suas irmãs. Queria deixar claro que é uma honra ir para Hogwarts no mesmo ano que a filha mais reservada, intrigante e bonita do senhor Gregory Oh. – Eve franziu o cenho mais uma vez. – Me perdoe, eu não quis dizer...

- Para de se desculpar, credo. – Eve o cortou. – Eu não sou como eles, não vou chamar um segurança porquê alguém esbarrou em mim por minha própria culpa. – O garoto suspirou em alívio. – Alguém da minha família já fez isso?

- O tempo todo. Quer dizer...

- Nossa. Que horrível. – Eve bufou em insatisfação. – Como pode ver, eu devo ser a vassoura desgovernada dessa família, então você pode me tratar como um ser humano normal. – O garoto assentiu. – Sou Eve Oh, e você?

- Niko Polastri. – Ele apresentou-se e estendeu sua mão. Eve a apertou e sorriu. – Você não parece muito feliz, se me permite.

- Eu não estou feliz. Estou apavorada! Tenho medo de fazer alguma bobagem em Hogwarts, ser expulsa e sujar o nome da minha família.

- Nossa, eu também! – Niko revelou recebendo a completa atenção de Eve. – Quer dizer, minha família não é tão grandiosa como a sua, mas eu sou um completo desastre em tudo o que faço, tenho medo de não ser aceito em nenhuma das casas.

- Isso pode acontecer? – Eve indagou assustada.

- Ouvi boatos de que já ocorreu!

- Bom, o jeito é apoiarmos um ao outro. – Eve declarou se encaminhando ao caixa onde ambos pagaram por seus livros. Em seguida, caminhou até a porta da loja.

- Você não vai esperar pelo seu pai? – Niko indagou.

- Ele nem deve saber onde me esqueceu. Isso é normal. – Niko a seguiu. – Qual a próxima coisa na lista?

- Temos que comprar nossas primeiras varinhas.

- Isso! – Eve seguiu pelo caminho certo, sempre encarando as várias lojas e bruxos felizes com o início do ano letivo. – Seus pais não vieram com você?

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2020 ⏰

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