PARTE 4

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Suas palavras me cortaram "eu não me importo de usar. Se gosto de usar, o que você pode fazer". A pessoa que um dia esteve ao meu lado, me deu um filho, está nessa situação agora. Pego meu travesseiro e me vou para o quarto de hóspedes, não irei conseguir dormi hoje ao lado dele. 

No outro dia... 
Acordo cedo, faço o café para mim. Vou ver se Conrado já havia acordado e lá estava ele acordado já.

— e o papai? — pergunta, enquanto o levo para escovar seus dentes.

— está dormindo.

— posso acorda-lo? Deixa mamãe... — faz cara de cachorrinho abandonado.

— acho melhor não, ele chegou tarde ontem e está cansan... Pode sim, ele irá ficar com você hoje. — escovo seus dentes e depois deixo ele acordar o pai. Alguns minutos depois eles aparecem na cozinha, porém minha hora de sair já tinha chegado — tchau, filho. — lhe dou um abraço.

— e o beijo da mamãe? — Shawn pergunta para ele, enquanto o segurava. Conrado se estica e me deposita um beijo molhado na bochecha. Não falo com Shawn, pego as chaves do carro e vou para meu trabalho. Aquele carro estava um lixão, socorro.

[•••]
Ligo para seu Manny.

— alô? Seu Manny? Desculpa estar incomodando, eu precisava conversar com alguém sobre Shawn. É importante. Okay. Nos encontramos. Tchau. — em 10 min nos encontramos em uma cafeteria.

— o que aconteceu? Sua expressão não está nada boa. — Manny se pronuncia.

— e não estão, tudo que eu queria era não ter que vir aqui fala isso. Não quis fala com Karen, pois sei que ela irá se abalar mais.

— está me deixando preocupado, S/n.

— vou ser direta. A um tempo Shawn tem voltado tarde, fala que está trabalhando, mas não estava — fraca do jeito que sou, começou a chorar já.

— se acalme, tome um pouco do chá. — tenta me acalmar.

— estou bem. Ele chegou tarde da noite, totalmente chapado. Ele voltou com isso, ele próprio admitiu. Falou que se ele gostava de usar não podia fazer nada. — Manny paralisou, olhava para sua xícara de cappuccino sem reação nenhuma.

— eu não acredito nisso. Ele estava indo tão bem, a quanto tempo não usava? 3, 4 anos? — questiona chocado.

— sim. Eu só queria falar com alguém, não tinha para quem falar.  Me desculpe lhe preocupar.

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