Os Seis

Um amor frustrado

Nunca fui muito bom com as palavras, na verdade, tento passar uma boa imagem para as pessoas, pois não quero que elas vejam que eu sou de verdade. Minha família é a terceira mais rica da cidade, por esse motivo eu sempre tive de quase tudo.

Quando "temos de tudo" em nossas vidas, a maior parte das vezes não temos o principal em uma família que é o amor, carinho e união. Não tive muito essas coisas, na verdade, não tive nada dessas coisas, nunca soube o que era o amor, pra mim isso era apenas lendas.

Meus pais viajavam muito por causa do trabalho deles, eles são donos de uma multinacional que fornece novas tecnologias para o mundo inteiro e por conta disso, não tinha muito tempo para a família.

Eu sempre invejei as pessoas por terem algo que eu sempre quis mais nunca pude ter porque as pessoas que eu queria ter por perto, se importavam mais com o trabalho e com as outras pessoas do que com seu próprio filho.

Eu cresci, aprendi muitas coisas sozinho, aprendi muitas coisas com as pessoas que trabalham na minha casa, mas teve uma coisa que meus pais me ensinaram sem eles perceberem, e o que eu aprendi foi que " seu eu realmente quero algo, eu tenho que conquistar, mesmo que seja usado a força bruta."

Ouvia meu pai falando isso todas as vezes que ele estava em casa resolvendo coisas de suas empresas. Ouvi pela primeira vez com 5 anos, e nunca mais esqueci, lembro exatamente de cada palavra, da tonalidade de voz meio arrogante, lembro-me de casa detalhe daquele dia.

Daquele em sai em diante, eu segui essa filosofia de vida pra tudo em minha vida, tudo que eu queria eu conquistava, mesmo com o uso da força bruta, mas não chegou um dia que eu vi algo que estava longe demais do meu alcance, eu me apaixonei por alguém que nem me conhecia.

O tempo foi o meu melhor amigo nessa história, ele me ajudou a me aproximar dela, e ficamos muito próximos, não tanto como eu queria. Ela sempre me viu como amigo. Ela era apaixonada por outra pessoa, e eu sabia quem era, e tinha muita raiva dele e decidi tirar ele do jogo.

Tudo estava planejado, e estava esperando o momento perfeito para mata-lo para fazer com ela se aproximasse mais de mim. O meu plano era perfeito, eu tinha calculado cada detalhe e cada coisinha.

Anos se passaram e não conseguia colocar o plano em pratica, pois ele sempre estava acompanhado, nunca conseguia por em pratica. Finalmente chegou o dia e eu estava muito nervoso, mas decidido, porém, algo deu errado, era para eu conseguir mata-lo, mais infelizmente, conseguiu sair vivo.

No momento exato, alguém acabou entrando na frente dele, o salvando da morte.eu percebi que tinha feito burrice, fiquei nervoso ao ver sangue para todo lado, não tive reação ao ver que matei a pessoa errada, percebi que tinha matado o dono do estabelecimento aonde o meu algo estava alojado.

Quando percebo que ele está fugindo, eu ameaço a atirar nele, mais dessa vez eu não iria errar. Naquele momento, passou muita coisa na minha cabeça. Ele não sabia quem eu realmente era, pois minha voz estava com efeito e eu estava de máscara. Foi quando eu pensei em reverter a história, e faze-lo ser o culpado de tudo aquilo que estava acontecendo.

A partir dali, comecei a usa-lo para conseguir o que eu queria. Eu comecei a gostar de ser "o vilão", mesmo incriminando outra pessoa.