Capítulo 16 - Guardian

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O retumbro no silêncio fascina, corrompe, alucina. Estou afogada em sentimentos e presa pelo enigmático. Estou refém do redentor, estou atada a um demônio, estou me entregando como oferenda.


Não há ruídos advindos do lugar onde paramos, não há nada no mundo que nos rodeia, não sinto as volumosas estantes empoeiradas, nem o chão de madeira maciça, o vento não corta este ambiente fechado e portanto o único aroma que se intensifica em meus sentidos é o seu.


Ele ofega, tremula o olhar, anseia por resposta, exaspera seu toque. O que quer de mim..?


Sinto meu corpo agir instintivamente, não tenho mais controle sobre mim, estou inerte e impossibilitada de contestar, eu quero me descontrolar. Sinto um calafrio percorrer minha espinha até amortar-se em minha lombar, o suor das mãos se atiça, sinto as camadas finas se acumularem em minha nuca em ansiedade.


Meus lábios se abrem e por eles o arfar escapa doloroso, meu corpo quer mais de si.


Nossa distância diminuiu, invado seu espaço e a fera me reprime contra seu corpo. O nosso calor se abrasa, estamos em chamas e seu aroma forte impregna meus sentidos, ele adere meu corpo, força sua mesclagem e não posso negar o quanto isto me torna fervorosa.


Me sinto um animal, uma fera reprimida, contida em jaulas, mantida a exumação... A formigação em meu baixo ventre incomoda e meu âmago contrai desejoso, reluto aos meus instintos, mas sinto que não tenho controle sobre isso, isto transcende meu corpo, está reprimido em minha alma.


Eu esperava de tudo nesta situação, desde ser repelida com rudez até ser xingada por tamanha ousadia, mas nunca esperei ter um ressoar desejoso de sua parte, não como agora. Sou eu que tomo a dianteira e antes que eu seja jogada para longe meu corpo avança.


O resvalo suave me atinge em uma fisgada firme e me contraio sobre o aperto, o toque suave lanceja seu aroma no ar e me inebria, me perco na sutileza de seu toque, os lábios se assustam com minha invasão, repelem meu contato a primeira oportunidade, mas não tardam a ceder.


É doce, cálido, macio. Os lábios tem um encaixe melancólico, me arrepiam dos pés a cabeça e nesse momento já não posso ser mais racional, os medos se afugentam, os hormônios afloram e o desejo berra no inconsciente.


Mais, quero mais.


Worshiping YouOnde histórias criam vida. Descubra agora