CAPITULO 1 - A VIDA - Parte I

31 1 1
                                    

A música "A balada da contramão" (A banda mais bonita da cidade), me acorda, "estou com tanto sono, que horas devem ser? " (Pensei) – "Já é quase 9 horas da manhã! Mas gente, estou atrasado, logo hoje que vou comprar meu material juntamente com a Alexia?!"

Me arrumo rápido, tomo meu café, a esta altura meus pais já tinham ido trabalhar e levado minha irmãzinha à irmã Vilma, que cuidava de minha irmãzinha durante as férias escolares. O bom disto tudo é ter tirado férias no trabalho, volto somente dia 15 de fevereiro, trabalho em uma microempresa voltada ao recrutamento e encaminhamento de jovens para trabalhar em empresas de pequeno, médio e grande porte.

Alexia está me esperando em frente sua casa, quem diria, um dia somente para nós, já faz um tempo que não temos tempo para isso, sempre andamos com pressa, nos vemos mais na escola do que em casa. As aulas voltam dia 15 de fevereiro, vamos para o Kalunga de Mogi das Cruzes, não é fácil de comprar o material do Sesi e ela sabe que amo ir ao Kalunga, pois amo material escolares e de escritório.

- Ei, sonhador! – Diz ela enquanto estávamos indo para estação de Brás Cubras.

- Pois não? A senhorita deseja conversar comigo? – Repondo.

- É obvio que sim, já estávamos conversando, você que vive no mundo da Lua e vai sonhar acordado do nada.

- Desculpa, você me conhece né?! Mas enfim, e você e o Marcos?

- Você sabe que não quero conversar sobre isso, por que insiste tanto? Ele é passado, mudemos de assunto, adivinha quem vai se mudar?

- Okay então! Não faço a menor ideia de quem... – parei e pensei, conheço Lexia, ela não vai me falar logo de cara, mas ouvi rumores sobre uma mudança de um casal de idosos que são vizinhos próximos - O Sr.º e a Sr.ª Carvalho?

- "O Sr.º e a Sr.ª Carvalho? " – Fez uma imitação péssima- Para que tanta formalidade? Sim, os dois, parece que vão se mudar para o interior, se não me engano para Campos do Jordão!

- Mas e a casa? Venderam? – Sempre fui curioso.

- Não, parece que o neto deles vai vim morar sozinho, ou pelo menos foi isso que a "radio peão" noticiou – ela riu.

- Neto? Eles têm filhos?

- Uma filha única, parece, ela tem 35 anos, casou cedo e hoje está divorciada, teve somente este filho e parece que ela vai ficar cuidando dos pais no interior enquanto ele estuda por aqui na grande São Paulo.

- Como você sabe de tudo isso? – Pergunto maravilhado.

- Não se esqueça que sou muito bem informada meu amor - Riu da minha cara, ri juntamente com ela. - Minha mãe vai visitá-los de vez em quando e vou junto com ela, eles têm muito que nos ensinar, aqueles dois são muito espertos – disse com ar de admiração.

- Entendo, queria eu que minha mãe ou meu pai tivesse amizade com as pessoas da vizinhança que não são da igreja, queria que eles fossem amigos de seus pais!

- É amigo, vai entendê-los ? Fica em paz, meus pais te amam e isso já basta – riu novamente.

-Bom, chegamos, trouxe sua lista "né"?

- Mas é claro.... Que não! Eu sei que você trouxe. – Ri, já sabia que esquecerá.

- Esquecida, se não fosse eu, quem te ajudaria?

- Provavelmente um mané perfeccionista por aí, - Riu que nem uma criança- brincadeira BFF! – Continuava a rir sem parar.

- Bom vamos, primeiro a pastas... – digo a ela quando terminara de rir, quando me viro em direção a entrada, esbarro sem querer em alguém e acabo o derrubando – Me desculpa, você está bem cara? – Digo levantando alguém que nunca havia visto antes, alguém muito diferente do que já vira antes, ele refletia a minha concepção de perfeição em pessoa, tão lindo e charmoso, ele tinha um porte físico mediano de quem faz academia, um pouco mais alto que eu, era branco rosado, com cabelos castanhos escuros, lábios rosados e um olhar marcante, seus olhos castanhos claros esverdeados, me passavam confiança.

Gabriel, entre dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora