Carta 2

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Meu anjo,

esses sentimentos, tão fortes, tão profundos que machucam a alma e o corpo, aquele sentimento que causa um tipo de angustia que deixa todos os músculos doloridos, o sentimento que me tira noites de sono e me adiciona grandes olheiras, o sentimento que me da tanto medo quanto viver mas me trás tanta paz quanto a morte, aquele tipo de paz que alguns costumam chamar de felicidade, ha tanta beleza nessa dor, tanta melancolia, tanta vida, mas também a precipitação de um fim, de uma distancia, de tudo que nos tira a vontade de viver e e essa precipitação trás a covardia, o medo do egoismo, medo de tudo que me lembra o paraíso, medo do que os anjos tem a me oferecer, medo da negação e da concordância, medo da humilhação da verdade e da calmaria da mentira, medo de tudo que tem a ver com amar você, medo de cada possibilidade e escolha, mas principalmente medo da realidade.

Ultimamente pensamentos tem enchido minha cabeça e palavras entalam minha garganta, conviver com a pertubação do não falado, do não vivido me mata a cada segundo, já não consigo respirar. O medo só me torna covarde.

com amor, J.

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