Naquela noite de verão, eu queria paz e sozinha caminhei até a pedra que entrava no mar, dali parecia que tudo flutuava e o som das ondas impediam que o barulho da cidade viesse me atormentar. Sentei-me na beira, deixei minhas pernas ao sabor das batidas das ondas que subiam sobre mim com gotículas quentinhas de um dia muito ensolarado. Fechei meus olhos pra absorver o frescor da vida, ali sentada sob as estrelas e as delícias naturais do mundo.
Suspirei profundamente, já bem calma de todos os infortúnios do cotidiano e olhava pra longe, sem saber onde estava a linha do horizonte unindo céu e mar. A lua nascia sobre o oceano, deixando um vulto visível a meus olhos e trazendo arrepios estranhos ao meu corpo. Fiquei inerte, apenas observando-o sair das águas, imaginando de que profundezas este ser estava emergindo.
Andando devagar, ele estava alheio à minha presença, vestindo um macacão de mergulho deixava a água escorrer enquanto saía do alcance das ondas, seguia seu caminho pela areia distraído. Eu estava hipnotizada, cheia de curiosidade e meu corpo inflamava tentações. Saí do meu lugar atravessando o escuro e olhando fixamente para onde ele ia.
Perto dali, ele entrou no escuro, talvez indo se agasalhar dentro de uma pequena abertura de uma enorme pedra. Eu já conhecia aquele espaço, já me escondi algumas vezes ali, sabia como chegar e deixá-lo em paz sem que me visse. Meus pés andavam sozinhos, a ansiedade pairava sobre minha cabeça e meu coração pulava alucinado, era uma adrenalina diferente, mas eu queria ver de perto quem era aquele homem.
Chegando no esconderijo, parei e olhei em volta, esperei alguns minutos antes de vagarosamente olhar para dentro. Ele estava se despindo, cantarolando, eu desci escorregando pela pedra até ficar de joelhos na areia, petrificada com aquela imagem tão tentadora a poucos metros de mim.
Eu tremia, excitada e boquiaberta. Meus olhos acompanharam os movimentos sutis de descer o zíper do macacão e abri-lo, deixando à mostra um peitoral tatuado e rígido. A roupa foi ao chão junto com meu controle hormonal. Com uma toalha, ele secava os longos cabelos e eu contraía músculos internos que expulsavam uma umidade febril de dentro de mim.
Passou o tecido pelo corpo e desceu a sunga de banho, eu acompanhei o delineado do seu corpo nu, lambia meus lábios com muito desejo, o calor de dentro de mim já me sufocava e eu não conseguia mais me conter. Ele virou-se como notando a minha presença e eu tentei me colocar às escondidas. Mas, ele veio até mim antes que eu terminasse meu movimento e fugisse dali.
Suas mãos fortes seguraram meus ombros me colocando de pé, seus olhos encaram os meus incrédulos e impactados com as chamas que saíam das minhas pupilas. Eu estava trêmula, falava sílabas que formariam um pedido de desculpas que nunca se formavam. Foi quando ele me soltou os ombros e pegou em minhas mãos colocando-as sobre o seu corpo que queimava, eu perdi o equilíbrio e ele me abraçou.
Senti o cheiro dos seus cabelos molhados ao mesmo tempo que sua ereção pressionou minhas roupas leves, foi a gota d'água, começamos a nos beijar e em instantes eu já estava nua, saboreando cada parte daquele ser humano e sendo recompensada com suas investidas maravilhosas!
Rolamos pela areia, sua língua agradecia meu ventre quente, seus beijos fervorosos me tiravam orgasmos intensos e me fazia ver as estrelas com os olhos fechados. O nosso gemido se emendada num canto surreal. Bebíamos do prazer um no outro, movimentando línguas e intimidade até o fogo nos consumir em êxtase uma vez mais.
E quando me penetrava, dançava sobre mim a luxúria do seu sexo, devagar aumentando o ritmo me atingia as profundezas das sensações, fazendo tremer o corpo, a voz, cada músculo meu até saciar-se e me saciar com seu toque voluptuoso enquanto gozava.
Depois de cansados, sussurrada em meu ouvido os meus segredos, ele sabia de mim e há muito me esperava alcançá-lo. Talvez a lua que o ajudou dessa vez, fazendo brilhar sua existência em minha frente e atraindo minha alma ao abrigo de uma união. De nada sei, apenas que por uma noite eu fui feliz.
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Em Chamas - Contos Eróticos
Short StoryOs desejos, fantasias vão além do que podemos imaginar. Os fetiches que muitas vezes nos assustam, podem ser a chave para uma liberdade prazerosa que poucos conseguem alcançar. Nesse livro você ler contos eróticos cheios de feminilidade, fetiches, d...