Capítulo 4: Malfoy

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Nick Mikaelson narrando.

Com o fim do café da manhã, vi que Lucio estava à minha espera na porta do salão, e fui até lá.

- Pronta? O Severo não pode vir, deveres da escola.

- Sim, entendo. Então por onde vamos começar?

- Venha e descobrirá.

Ele ofereceu seu braço e começamos a caminhar, falei os lugares que já conhecia e me levou até as masmorras, um lugar mal iluminado e meio úmido mostrou-me a sala de poções e a sala comunal da sonserina, mas disse que não podia me levar lá dentro porque iriam ralhar com ele.

Nós seguimos, me mostrou outras salas e fomos para fora, onde ele me contou que no lago havia uma lula gigante, por um momento duvidei, mas aí vi uma coisa enorme se mexer na água.

Lucio ia me levar no campo de quadribol, mas como já tinha visto e íamos nos atrasar para o almoço se fossemos, eu pedi para me explicar como se jogava, pois, achei muito interessante.

- Primeiramente você viu que é jogado no ar em cima de vassouras. – Assenti e ele prosseguiu. – Então vou explicar o básico, tem sete jogadores cada time, são dois batedores, um apanhador, um goleiro e três artilheiros. Tem quatro bolas, a goles que é passada entre os artilheiros e arremessada nos três aros para marcar ponto. Dois balaços que são enfeitiçados para voar pelo campo e derrubar os jogadores, por isso temos os batedores que rebatem os balaços. E por último tem o pomo de ouro, uma bolinha pequena com asas, que é solta no campo e o apanhador tem a função de pega-la assim concedendo ao seu time 150 pontos e a vitória, se o outro time não tiver mais pontos é claro.

- Uau! Queria ser uma bruxa para jogar isso, diferente de tudo que já vi.

- Você precisa ver a sonserina jogar é o melhor time de Hogwarts.

- Garanto que é. – disse em um tom meio irônico, que ele não percebeu.

- Vamos indo então. – Assenti e fomos em direção ao castelo.

Chegamos na entrada e nos despedimos agradeci pelo passeio educadamente, mesmo não gostando muito, ele pediu se queria sentar na mesa da sua casa, mas disse que tinha que falar com Dumbledore, então beijou a minha mão e seguimos cada um para o seu lado.

Passando pela mesa da Grifinória, notei que Sirius estava me encarando enquanto me despedia de Lucio, então pisquei para ele e murmurei um "até mais".

O almoço foi como as outras refeições: magníficas. Conversei com o diretor sobre meu passeio, mencionei que achava quadribol muito interessante que ao contrário de Lucio, me disse que o time da Grifinória era fantástico e que James era um excelente apanhador, por causa dele que ganharam a Taça das Casas tantas vezes seguidas.

Quando terminou, Remo me chamou para passar a tarde com eles como combinado, encontrei-os na porta e saímos.

- E então, como foi seu encontro com Malfoy? – Perguntou James.

- Não foi um encontro, no começo até foi legal, mas depois ele não parava de falar dele e ficou muito chato. – Eles começaram a rir, principalmente Sirius. – Acharam engraçado é, a única parte boa foi que fiquei sabendo como se joga quadribol e onde é a sala comunal da Sonserina. – Respondi rindo.

- Eles te deixaram entrar? – Pediu Pedro.

- Não, ele disse que iriam ralhar com ele se deixasse.

- E o que achou do quadribol? – Agora James.

- Adorei para falar a verdade, estou ansiosa para ver um jogo da Grifinória, Dumbledore me disse que você, James é um excelente apanhador.

- É pura verdade sou um talento nato, muito bom mesmo - disse gabando-se e passando a mão pelos cabelos.

- E o mais convencido de todos também. – Disse Sirius rindo, e os dois começaram a se provocar.

Fomos até uma árvore perto do lago e sentamos na grama. Ficamos aproveitando a brisa do verão em silêncio até eu falar:

- Eu tenho uma pergunta, porque vocês são chamados de marotos?

- Sabia que iria perguntar alguma hora, - disse Sirius rindo – eu explico, surgiu por um berrador que minha querida mãe mandou, porque nós tinhamos roubado whisky, e eu havia brigado com meu irmão Regulus, ela nos chamou de "saqueadores".

- E chamou a gente, - disse James, apontando para ele mesmo, Remo e Pedro - de "amigos desprezíveis", sabe o que Sirius fez? Riu, ficou em pé e disse "minha mãe não é uma bruxa adorável? " no meio de todos no salão comunal.

Todos rimos muito depois disso, fiquei imaginando a cena.

- Dumbledore me disse que vocês são os alunos mais travessos que ele já teve.

- Obrigado, obrigado. – Disse Sirius fazendo uma exagerada reverência, e rimos novamente. – E você Nick, já fez alguma coisa parecida?

- Até pior, meu amor.

- Duvido, você por acaso já virou alguém de cabeça para baixo, e as vestes dele foram para o pescoço, aí as roupas intimas dele apareceram? Porque o James fez. – Contou Remo com um olhar de censura para o mesmo.

- Mas aquele nojento do Ranhoso mereceu. – Defendeu-se.

- Eu sei que pode ter sido muito engraçado, mas é errado fazer isso. – Disse quando percebi o clima mais pesado. – Mas... eu não posso julgar o que fizeram, já que tenho um histórico muito pior. Isso é coisa de criança perto do que já fiz.

- Eu duvido que você já tenha feito algo pior que nós, aposto o quanto quiser. – Disse James me desafiando. E Sirius concordou com um "eu também".

- Adoro uma aposta, então o que vai ser?

- Você conta uma coisa considerada errada e o Remo, como o mais sensato e a par de tudo o que já fizemos, vai julgar se você ganha ou não da gente. Se nós ganharmos você nos dá a sua jaqueta de couro. – Desafiou-me Sirius, acompanhado de uma "boa! " de Pedro e James.

- Ótimo, mas se eu ganhar vocês vão ter que ser pegos na Floresta Negra.

- Feito! – Apertamos as mãos para selar o acordo. E já pensei em uma história ótima para contar.

- Está bem, eu e meu irmão sempre estamos brigando, mas um dia nos superamos. Ele descobriu sobre um ritual para juntar nossos lados vampiro e lobisomem, e não queria me contar, mas acabei ouvindo a sua conversa e soube como fazer esse ritual então eu fiz primeiro.

"Para isso precisava de uma duplicata, uma pessoa exatamente igual a uma de séculos atrás longa história, mas enfim eu a usei e realizei o ritual antes que ele, isso o deixou muito brabo e ele jurou vingança. Naquela época eu era bobinha meio inocente, então ele me disse que apunhalou nossos irmãos e os jogou em algum lugar dos sete mares e não me disse onde. Eu fiquei por centenas de anos os procurando, e descobri que estavam em um deposito. Depois disso jurei em meu nome estragar todos os seus planos pela eternidade".

- E como você fez isso?

- Todos os planos que ele cria eu estrago, se ele precisa de alguém para funcionar eu vou atrás e o mato antes que ele o ache e faço questão de mandar uma lembrancinha sangrenta. Nesse exato momento ele precisa de mim por perto, mas olha onde estou, o mais longe possível, e ele não faz ideia de onde.

- É com toda certeza a Nick ganhou. – Remo chocado deu o veredicto.

- Você passou centenas de anos procurando por nada?! – Perguntou Pedro escandalizado.

- Pois é, eu disse que eu era muito boba naquela época, gastei boa parte da minha imortalidade procurando por pessoas que não dão a mínima para mim.

- Caramba! Acho que vamos ter que ser pegos. E o que fez você mudar? – Questionou-me Sirius, mais tranquilo que os outros, como se esperasse algo até pior.

-Essa é uma outra longa história, para outro momento.

Black LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora