Capítulo 6: Sonhos

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Nick Mikaelson narando.

Remo e eu fomos em direção ao castelo, passamos pelas portas e seguimos em direção ao salão comunal rindo discretamente pensando nos garotos na floresta. Quando estávamos prestes a entrar avistei o zelador Argo Filch, e falei para Remo ir indo.

- Com licença, você deve ser o Filch certo?

- Sim, sou eu porquê? – Respondeu com uma voz ranzinza.

- Gostaria de lhe informar que avistei três alunos entrando na floresta proibida.

- Esses alunos miseráveis, pode deixar vou pegá-los. Se não fosse Dumbledore os penduraria pelos tornozelos nas masmorras. – Saiu reclamando até a floresta

Segui meu caminho até a mesa dos professores rindo, pisquei para Remo como um modo de avisar que já avia os dedurado. Dumbledore sentou ao meu lado como de costume e perguntou.

- Como vai Nick? Notei que está rindo aconteceu algo que deveria saber.

- Olá, acho que vai descobrir em breve.

Após um olhar de suspeita e divertimento do diretor, o jantar foi servido como sempre magnífico. No meio deste, professora Minerva chegou e sussurrou no ouvido do diretor, que sorriu e disse.

- Tudo bem Minerva, coma, depois eu mesmo irei conversar com eles, deixe-os aproveitar um momento com Filch antes.

Com um sorriso no rosto terminei o jantar e Dumbledore, que também havia terminado, pediu para acompanhá-lo, e pediu algo para a professora. Saímos do salão e fomos até sua sala, me disse para sentar, alguns segundos depois os três marotos com os quais apostei entraram na sala.

- Entrem e sentem-se por favor. – Pediu o diretor calmamente. – Então qual de vocês vai me explicar o que aconteceu, e porque estavam na Floresta Negra?

- Bom eu posso contar, - começou James – bem nós fizemos o que o senhor sugeriu hoje à tarde e nos conhecemos melhor, aí fizemos uma pequena aposta para nos divertir e...

- Deixe-me ver, a Nick ganhou e como pagamento dessa aposta, vocês foram para floresta. – Assim fez Dumbledore.

- É, foi basicamente isso que aconteceu.

- Bem isso explica a ausência de vocês no jantar, e o motivo do seu riso Nick. Permitam-me lhes dar um conselho, nunca façam apostas com Nick, ela sempre irá ganhar, digo isso por experiência própria. – Disse o diretor com um leve sorriso lembrando dos velhos tempos.

"Como de costume vocês três precisaram pagar detenção é claro, falarei com a professora McGonagall, diretora da Grifinória, para definir isso e os avisarei em breve. Quanto a você Nick, te conheço muito bem para saber que já compreendeu, e lhe falarei sobre seu outro trabalho amanhã à noite. "

- Sim Alvo, quero dizer professor Dumbledore. Gostaria de pedir se eles poderiam cumprir sua detenção outra noite sem ser na segunda, pois vou precisar da ajuda deles na primeira aula de Lupin.

- É claro, sendo assim fico feliz que estejam se entendendo e já podem ir, sim. Boa noite!

- Boa noite professor. – Disse e me retirei de sua sala com um leve sorriso no rosto.

Estava quase na metade do caminho até meu quarto quando lembrei que deixei minha jaqueta na sala do diretor, e dei meia volta para pega-la. Quando trombei com Sirius.

- Você esqueceu sua jaqueta. – Disse ele com um sorriso encantador.

- É, eu estava voltando para buscá-la. Obrigada! – Dizendo isso coloquei minha mão em seu ombro, e dei-lhe um beijo de agradecimento no rosto.

- De nada, nos vemos amanhã então. Não pense que vai escapar das minhas perguntas desta vez. – Respondeu ele.

- Prometo que amanhã conto o que quiser saber, como recompensa por fazer vocês pegarem detenção. – Disse sabendo qual seria sua pergunta, viramos e fomos cada um para seu lado.

Quando cheguei, peguei uma bolsa de sangue deitei na minha cama, como de costume, e os pensamentos começaram a invadir minha mente.

Hoje foi muito divertido, melhor do que imaginei, esses marotos são mesmo muito legais e definitivamente muito interessantes, tenho mais em comum com eles do que pensei, gostaria de saber mais sobre o misterioso Sirius Black ou melhor Almofadinhas, que além de ser muito bonito é divertido também, isso explica o bando de garotas que acompanhavam cada movimento seu, como se fosse uma estrela de rock.

Sorri ao lembrar da sua risada hoje há tarde, e dele ter corado depois do meu beijo, achei que isso não acontecia com ele por ser acostumado com tantas garotas aos seus pés.

Olha só, pena o conheci e já está invadindo meus pensamentos assim, em todos os meus mil anos de vida somente uma pessoa já fez isso, a mesma pessoa que destruiu meu coração e tornou-me nessa assassina a sangue frio que sou hoje, e amanhã não terei escapatória pelo jeito vou ter que contar essa maldita história.

Com um suspiro fui até a janela, e observei o céu estrelado, as enormes árvores que balançavam com a brisa como se estivessem dançando suavemente à luz branca da lua. Fiquei ali por um tempo sentindo a brisa fria no meu rosto.

Deitei em minha cama e fechei os olhos. Estava correndo pela floresta na minha forma de lobo, quando tropecei e senti a grama úmida do orvalho da madrugada na minha pele agora humana. Um belo rapaz ajudou-me a levantar, quando olhei em seus olhos azuis acinzentados, reconheci Sirius que sem falar nada se aproximou do meu rosto lentamente, senti nossas respirações se misturarem, seus lábios próximos dos meus...

Quando de repente abri meus olhos, estava em meu quarto no castelo com a luz do sol em um céu azul sem nuvens, invadindo a janela e iluminando o aposento.

- Só me faltava essa agora. – Pensei em voz alta ainda deitada, lembrado do sonho que acabei de presenciar.

Olhei para o relógio ao lado da cama, já havia perdido o café, então vou ficar aqui até o almoço. Tentar esquecer essa droga de sonho enquanto isso.

Black LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora