Capítulo 28: A marca negra

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Sirius Black narrando.

O dia estava tão perfeito, as coisas indo muito bem, principalmente entre eu e Nick, mas Merlin não podia me ver feliz e arruinou isso. Ver ela beijando o Aluado foi pior que a ver com o Ambrose, aquilo me irritou muito, não queria falar com ela e nem com Remo. Pontas me disse que era uma crise de pânico que ela teve que fazer aquilo, não foi por vontade própria, e acredite em mim eu sei disso, mas não posso evitar de ficar tremendamente chateado com aquilo.

Já se passou uma semana depois disso, ainda estava sem querer falar com eles, na verdade nem vi a híbrida, ouvi Remo dizer que ela está muito ocupada com a família dela e os assuntos de Dumbledore fora do castelo e só sobrava tempo para aulas com ele, até foi melhor assim. Agora estava na sala comunal quando Remo veio falar comigo sozinho.

- Sirius, podemos conversar? Eu não entendo porque está tão bravo comigo.

- Porque você beijou a minha garota, não é meio obvio – disse sem rodeios.

- Isso não é verdade e sabe muito bem, nunca beijaria a Nick...

- Tanto faz, não quero falar sobre isso agora tenho coisas mais importantes a fazer.

Sai de lá com a cabeça fervilhando, não tinha nada para fazer na verdade, mas não demorei para pensar em algo. Precisava me divertir um pouco e acho que isso irá render boas risadas. Com a ideia em mente fui para a biblioteca e como o esperado o Ranhoso estava lá, queria pregar uma peça nele e pensei em uma grandiosa, peguei um pedaço de pergaminho e escrevi:

Lua cheia, meia noite, salgueiro lutador

Meu plano era provocá-lo um pouco como de costume e "sem querer" deixar o pergaminho cair, ele vai pegar e vai achar que estou fazendo algo suspeito dessa forma a curiosidade vai convence-lo de me seguir, mas não vai conseguir passar pela passagem talvez a árvore de uma surra nele por mim.

- Olha só o Ranhozinho estudando, você consegue enxergar alguma coisa com esse seu nariz absurdamente grande? – Disse quando cheguei até a mesa perto da parede onde ele estava sentado.

- Hilário Black, onde está sua trupe, ou criou coragem para me enfrentar sozinho? – ele disse em um tom zombeteiro fechando o seu livro.

- Talvez seja isso, agora só falta você ter um pouco de coragem, não acha? – Disse fazendo-o se levantar com a varinha na mão, eu também puxei a minha de dentro das vestes fazendo o papel cair.

- Ei! Seus moleques, nada de duelos aqui dentro, guardem as varinhas agora! – Gritou madame Pince, a bibliotecária.

- Não pense que isso acaba aqui, Ranhoso – falei saindo de lá guardando a varinha, quando já estava na porta me virei e o vi pegar o pedaço de pergaminho, não contive um sorriso maroto.

Fui direto para a aula de transfiguração com a professora Minerva, quando essa acabou tentei sair antes que Remo, mas ele me alcançou.

- Vamos conversar, por favor – assenti com a cabeça já se saco cheio de evitá-lo. – Olha eu nem lembro direto o que aconteceu naquela noite, só da enorme agonia que estava sentindo. Quando tudo passou ela falou comigo, até pediu desculpas pelo "beijo" dizendo que ela não sabia outra forma de fazer aquilo parar, disse que até podia afetar minha transformação. Eu sinto muito, nunca quis que isso acontecesse. Sério aquilo não significou absolutamente nada, foi mais uma respiração boca a boca para despertar meu instinto de prender a respiração.

- Eu sei disso, mas não pude deixar de ficar chateado...

- Eu entendo, se estivesse no seu lugar também ficaria. Agora pode parar de me evitar, você é um dos poucos amigos que eu tenho, preciso de você.

Black LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora