Busca

235 22 0
                                    

x

Mary

Logo que amanheceu eu não queria causar mais desentendimentos, Regina e Zelena até que foram bem tolerantes quanto a minha presença ali, mas eu não podia forçar elas a me aceitar assim. Me arrumei e quando estava saindo dei de cara com Regina.

- Não precisa sair assim escondida como uma ladrã. - ela falou antes de levar seu café a boca.

- Não quero deixar vocês desconfortáveis e nem estragar o resto do final de semana de vocês.

- Vocês acabaram de descobrir que são mãe e filha, e eu passei a noite acordada, sou a prova de que as pessoas podem mudar, mas para que eu mudasse precisei de chances. E seria hipocresia minha não dar uma oportunidade há você, mas quando eu te vi, eu não estava preparada, minha reação foi aquela, mas a hora que vi como machuquei Emma eu vi que minha intolerância não ajudou em nada. Claro que não vou dizer que te amo, mas amo sua filha. - fiquei surpresa com a tranquilidade de Regina naquele momento.

- Fico feliz que a ame, Emma sempre foi muito importante pra mim e eu sempre a quis como uma filha. Fico feliz que ela tenha encontrado alguém que goste dela, e que esse alguém seja você.

- Que seja eu ?

- Sim, sei que você seria capaz de tudo para proteger minha filha e meu neto. - Falei ainda sem jeito, não sabia bem como me portar perto dela.

- Eles são minha família, e você faz parte dela agora, então eu faria de tudo por você também. - ela me olhou e sorriu. - Mas se você contar isso para alguém eu vou dizer que é mentira. - dei risada do jeito dela.

- Obrigada Regina. Mas eu preciso ir, voltei a essa cidade por um motivo.

- Qual?

- Sua mãe.

- Tem pistas de onde ela está ?

- Não, mas preciso encontrar ela, devo isso a ela sem dúvidas. - Regina virou para mim e pegou em minha mão.

- Obrigada pela intenção de encontrar ela, mas acho que vai perder seu tempo, eu e Zelena já esgotamos todas as possibilidades e locais.

- Não posso desistir Regina. Uma hora vou poder contar tudo há vocês, e a ela também. Se você me odeia garanto que sua mãe me odeia mil vezes mais, e quando a encontrar ela vai tentar me matar.

- Bom se precisar de ajuda sabe onde me encontrar.

- Obrigada mais uma vez. - Me despedi de Regina e pedi que ela explicasse pra Emma e Ruby tudo e fui para a biblioteca em busca de ajuda para localizar Cora. Eu tinha encontrado algumas coisas que me faziam acreditar que na biblioteca eu encontraria alguma coisa útil. E bingo, eu encontrei em uma das prateleiras um livro. Soul Mate, livro esse que Cora amava, abri e tinha o nome dela nele, comecei a olhar ele e então achei um número de  uma prateleira da biblhioteca, estava escrito a mão, fui até a tal identificação e lá havia um único livro sozinho, o peguei e ele tinha uma especie de cadeado, e quando o forcei o mesmo quebrou. - Bom ele já estava aberto.  - Falei como se alguém fosse me julgar por aquilo. Fui abrindo e certamente era uma espécie de diário. Passei algumas páginas e parei em uma qualquer e comecei a ler.

"Era estranho tudo aquilo, nunca de fato me imaginei amiga de Mary, nunca nem em meus piores pesadelos, mas sim aquilo estava acontecendo, éramos amigas. Os dias que passava aí lado dela eram os melhores temo a dizer. E o único problema naquilo tudo era que cada vez que eu há via com novos hematomas no rosto eu queria matar David, mas claro ela sempre dizia ter caído, escorregado ou coisas assim e eu idiota continuava calada. Eu já não sabia mais o que era certo ou errado de se fazer naquela situação toda. Juro por Deus que eu fiquei perdida em tantas coisa a respeito de Mary nos últimos meses, mas que no final eu estava era me encontrando. O pior de tudo isso, é que eu já sabia que ela iria me trair, eu sabia que ela me entregaria a Malévola."

The Darkness - SwanqueenOnde histórias criam vida. Descubra agora