Narciso

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O pecado.
Henry foi uma pessoa maravilhosa em minha vida e guardo ele comigo até hoje. Embora meio que nos distanciamos, por obséquio conheci Ralf, um amigo pra lá de carismático.
Ralf e eu conversámos sobre tudo, não tínhamos papas na língua. Certa vez eu indo pro trabalho , todo dia eu fazia o mesmo percurso, até que certa vez eu esbarrei em um cara, ele era diferente dos outros, bem simpático, alto, forte e tatuado. Eu sorri e ele sorriu, pedi desculpas.
Parecia que já era comum a gente se esbarrar, sempre quando eu o encontrava a gente se cumprimentava, até que certa vez perguntei seu nome, ele respondeu "Narciso".
Aos poucos fui me aproximando dele, no início eu não queria me envolver, porém acabei me envolvendo. A gente se encontrava todos os dias, na mesma hora.  Ralf certa vez comentou comigo sobre ele, falou que achava ele estranho, eu nem dava trela, eu via aquilo como inveja.
Eu e Narciso já estava bem próximos, não sei se eu só gostava dele por conta da vaidade, vai ver que foi isso que me cegou. Uma vez meu amigo viu ele com uma garota, Ralf me contou mas eu não quis acreditar. Sempre Narciso me pedia as coisas, um lanche, uma joia, não ligava eu dava de bom grado. Afinal estávamos quase num relacionamento, até que ele me pediu um celular, eu aí já fiquei com um pé atrás. Eu neguei, depois disso ele me ignorou completamente, nosso caso tinha acabado.
Aos poucos fui percebendo que ele não será esse príncipe todo. Pra se vingar de mim ele tenta fisgar meu amigo Ralf, mas ele não cai na dele, aos poucos eu e Ralf descobrimos podres dele. Nem precisamos fazer nada, laranja estragada cai do pé sozinha. O Narciso, que nem no mito, afogou-se pelo orgulho e vaidade. No fim das contas percebi que não era a beleza que conta, é o caráter...

Paixões sólidas. Amores líquidos.Onde histórias criam vida. Descubra agora