Uma história de amor

69.

Andrew PoV

Acordar na manhã de segunda feira foi um tanto diferente na casa Meredith, ela acordou uma Luna relutante pra ir à escola enquanto ela também se vestia pra trabalhar, parecia que nós tínhamos saídos da nossa bolha particular e aterrissado sem aviso no mundo real, elas tinham a rotina própria e eu me senti meio deslocado, mesmo tendo feito o café da manhã, então sentei no sofá e observei como elas nem precisavam de palavras pra seguir a rotina, a Melissa chegou e logo estavam prontas pra sair.

A Melissa levaria a Luna pra escola já que a Meredith ia me deixar no meu apartamento antes de ir pro hospital, quando chega a hora de sair, a Luna me abraça

- Promete que não vai me deixar

Eu adoraria colocá-la no colo agora, eu me abaixo na altura dela e a abraço

- É claro, meu amor, eu nunca vou te deixar, eu estarei com você, é só me ligar

- Tá bom

Eu dou um beijo na testa dela, a Luna abraça a Meredith

- Comporte-se, bebê, eu amo você

A Luna ri

- Eu não sou bebê, Mamãe

A Meredith a coloca no colo

- É sim, meu bebê

A Luna ri enquanto a Meredith faz cócegas nela, eu amo o som das risadas delas misturadas.

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Estamos no carro, a Meredith dirige e isso faz eu me lembrar que eu preciso comprar um carro

- Andrew, você precisa se comportar, não faça esforço, fique quieto, não cozinhe o dia inteiro, descanse, durma, tome os remédios na hora certa

Eu coloco a mão na perna dela

- Eu vou fazer tudo certinho, Mer

Ela suspira e eu faço carinho na perna

- Para, eu to dirigindo

- Você tá estressada

- To preocupada, você parece não levar a sério o repouso necessário do pós-operatório e isso não é brincadeira

- Eu sei, eu vou ficar entediado no meu quarto mas vou ficar lá, tá bem? Tenho muita coisa pra resolver mas posso fazer isso da cama

- Não é pra ficar trabalhando o tempo todo, sua mente também precisa descansar

A Meredith tá muito agitada com tudo isso

- Vai ficar tudo bem, eu vou seguir cada uma das recomendações médicas e das suas também, você pode ligar quantas vezes por dia pra saber se eu estou na cama, eu vou mesmo ficar bem

Ela suspira e nós seguimos o caminho em silêncio, prédio não fica longe do dela, dez minutos em um trânsito aceitável é um ótimo tempo, o que é muito bom, eu só vi o apartamento por fotos, estou ansioso por isso, a Meredith estaciona e eu olha pra ela

- Vem comigo

Ela parece hesitar mas concorda

- Eu só não posso demorar