Capítulo 7

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31 de agosto - sexta-feira

Evie POV
Evie: Você quer entrar?
Não pensei muito antes de falar, sabia que o que iríamos fazer estava explícito tanto pela hora quanto pelo meu olhar. Desde que cheguei a Freeridge que não tenho contato íntimo com ninguém, a 4 dias atrás, quando terminei com Emmett foi a última vez que tive um bom tempo de sexo, nosso relacionamento estava longe de ser perfeito mas eram nesses momentos em que eu pensava em como o nosso "nós" valia a pena, nos entendíamos muito bem.
Oscar me deu um olhar no fundo os olhos e assentiu devagar, movendo a cabeça num movimento afirmativo. Sai do carro pegando na minha bolsa no banco se trás e procurando a chave para abrir a porta e olhando as horas no meu celular, já eram duas e quarenta da madrugada. Me apressei para abrir a porta, o deixando entrar na minha frente e fechando a porta após passar, rodando a chave e jogando-a junto com o celular e a bolsa na mesinha ao lado dela que servia justamente para isso.
Evie: Você quer uma cerveja?
Ofereci sabendo que em minha geladeira só havia uma caixa de cerveja, meia garrafa de coca-cola e uma pizza que pedi para o almoço.
Oscar: claro, hyna.
Fui buscar as nossas cervejas enquanto ele se sentava no sofá, dava para notar o quanto ele estava se controlando pra não me agarrar logo de cara. Como eu o queria. Fui tirada dos meus devaneios pelo som do meu celular tocando, entreguei a cerveja ao careca sentado confortavelmente no meu sofá e segui até o aparelho.

Ligação ON
Evie: Olá, papai.
Edward: Desculpe ligar a essa hora, querida, sabia que estaria acordada.
Evie: sem problemas, aconteceu alguma coisa?
Edward: Hector está indo para sua casa, querida.
Evie: O que ele vem fazer aqui? Eu pensei que o senhor tinha o realocado de cargo quando vim para Freeridge.
Edward: Querida, você sabe como ei tenho medo de você sozinha nessa cidade tão violenta. Freeridge não é para mocinhas da alta-sociedade nova-iorquina, por favor volte para cá! Sinto muita falta de tê-la para o brunch, sua companhia sempre será a minha preferida.
Evie: Sabe que Freeridge não é tão ruim assim, o senhor está sendo dramático! Aqui é a meu bairro! E antes que diga, não irei mudar-me para Brentwood, e muito menos voltar agora para Nova York. - fiz um bico quando terminei de falar mesmo sabendo que ele não o veria.
Edward: Já que não quer voltar, terá de aguentar Hector o tempo todo lhe cercando. Você sabe que ele não gostava da ideia de lhe ver tão nova já morando sozinha, então não foi nada difícil de convencê-lo a viajar até você. Ele eestá terminando um serviço para mim e logo estará ai. Não precisa se preocupar, ele já tem a chave da sua casa mas mesmo assim provavelmente lhe ligará no dia de sua chegada.
Evie: Vocês são incrivelmente controladores! Tenha certeza que eu vou dar um jeito de me livrar do Hector. Não é porquê você o adotou para ser meu segurança que ele tem de viver para mim.
Ligação OFF

Minha história com o Hector é longa, ele tem 22 anos, papai o adotou quando ele tinha 16 com a promessa de uma boa educação, principalmente em luta e armas, para que ele chefiasse a segurança da família, a verdade era que Edward era um excêntrico e extremamente paranoico com a questão proteção. Quando eu comecei a morar com ele, Hector se tornou meu segurança particular e melhor amigo. Eu inicialmente estava deslumbrada com tudo aquilo, aquele mundo sempre fora algo inacessível a mim. Todo o luxo tinha seu preço e se o meu fosse ter um gato de 1,80 ao meu lado 24h por dia, eu poderia lidar com isso. Apesar de não respeitar muito de meu espaço, ele era uma ótima pessoa.
Quando eu comecei a namorar com Emmett, 8 meses após encontrar meu pai, ele pode relaxar um pouco mais, Emm tinha muito ciúmes dele, mas eu conseguia contornar, nossa relação passou a ser mais distante já que eu passava mais tempo na cobertura do meu namorado do que sozinha naquela enorme mansão.
Virei-me para Oscar olhando em seus olhos e indo em sua direção. Seus olhos escuros estavam fixos a mim:
Oscar: Diosa. O que queres me olhando assim?
Evie: Você sabe bem porquê te chamei para entrar, papi. - disse me sentando em seu colo, com ambas as coxas ao seu redor e apoiando minhas mãos em sua nuca.

Deseja-me // Oscar DiazOnde histórias criam vida. Descubra agora