Capítulo 3 - Somos iguais

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Vagando em tantos pensamentos acabei dormindo. Acordei assustada com o barulho do despertador, estava sem cabeça para encarar mais um dia tortuoso. Logo minha mãe veio ao meu quarto e como sempre me impedindo de faltar, me levantei, tomei um banho e coloquei o uniforme, e segui rumo a escola.

Cheguei, me sentei e naquele dia não falei nenhum mísero "Oi" com JP, passei o intervalo inteiro praticamente no banheiro, ja pra não me deparar com cenas desnecessárias.

Quando derrepente me deparo com sons vindos do pátio, parecia uma discussão. Mas pelo barulho que os outros faziam, provavelmente agitando o que estava acontecendo, não consegui entender o que acontecia. Como não perco uma briga me levantei e fui até onde os sons vinham...

Havia uma concentração de pessoas todas fazendo um enorme círculo, todos  estavam eriçados com a cena, alguns chegaram ao ponto de ficar tensos olhando para o centro do círculo. Quando me aproximei as pessoas ao redor se calaram e olhavam pra mim como se o que estava acontecendo fosse minha culpa.

Fizeram uma espécie de passagem para que eu chegasse mais perto do que do meio do círculo. Não precisei me aproximar muito pra ver quem estava no centro de tudo aquilo era JP e Rafa ( a "amiga") discutindo. Com um vermelhão em seu rosto como se fosse uma marca de mão, JP parecia estar mais nervoso do realmente estava. O que deduzi que aquela marca em seu rosto era da mão de Rafa.

Sai dali em silêncio rumo a minha sala, afinal já tinha problemas o suficiente.

Muitas pessoas ao longo do caminho até a sala vieram fazer intrigas, me perguntando se não estava curiosa sobre o que se tratava a briga, sem pensar duas vezes mudei meu rumo, fui até a diretoria, liguei para minha mãe e disse que não estava bem. Ela como sempre meio "exagerada" veio correndo e sem perguntar o que tinha me levou pra casa...

Naquele momento minha cama era o lugar mais seguro onde eu poderia estar. Mas não demorou muito para que minha mãe batesse na porta do meu quarto.

- Você não está passando mal, certo meu bem ?! -perguntou ela entrando no quarto.

Fiz que sim com a cabeça.

Ela sentou próxima a mim. E acariciando meu cabelo começou a dizer:

- Sabe, eu já tive sua idade, vivi muito do que você está vivendo. E assim como você já me apaixonei.

No mesmo momento senti minhas bochechas pegarem fogo. Só pensava que não queria ter aquela conversa naquele momento.

- Mãe...não estou apaixonada por ninguém... - sabia que ela não acreditou muito na minha palavra.

- Você nunca vai conseguir me enganar minha pequena Lisa.

Esboçando um leve sorriso disse:

- Talvez, quem sabe ?!

- Somos muito parecidas, por isso talvez seja difícil você me enganar. Quando era jovem, o que faz muito tempo, na época em que me apaixonei por seu pai, fiquei igualzinha a como você está nesse momento.

- Igual a mim ? - Perguntei com uma expressão de supresa.

- Sim querida, sem defesas assim como você está nesse momento. Porque é isso que o amor faz com a gente, nos tira todas as defesas para ficarmos vulneráveis e sensíveis e provarmos que somos merecedores ou não de desfrutar dessa maravilhosa bagunça que é sentir o amor

Meus olhos se enxergam de lágrimas...

Minha mãe me abraçou e afagando meu cabelo disse:

- Foi isso que seu pai fez comigo me tirou todas as defesas e me apresentou o amor...

  Fiquei besta ao ouvir aquilo, e pensei não ter tal sorte, e se foi assim tão intenso o que aconteceu pra existir essa tal separação. Estava curiosa mas preferi deixar essa conversa pra depois.

Minha mãe se levantou e quieta seguiu em direção a porta, saiu do quarto sem dizer nada, como de costume abri meu Facebook e antes que visse minhas atualizações meu chat tocou, era JP.

João Pedro: Oi, estava esperando você entrar, espero que não esteja nervosa comigo. Esta mais calma?

Lisa: Oi JP, não estou nervosa. E desculpa pela gritaria em minha porta

João Pedro: Então Lisa, era exatamente sobre isso que eu queria conversar.

Lisa: Isso o que?

João Pedro: Nós dois e as coisas que me disse na porta.

Lisa: JP esquece isso por favor.

João Pedro: Mas Lisa esquecer como? Fui ate sua casa saber oque estava acontecendo e te encontro chorando, ai do nada você grita comigo, diz tudo aquilo e me pede pra esquecer?

Lisa: Claro :)

João Pedro: Posso te perguntar uma coisa?

Lisa: Sim

João Pedro: Você sente ciúmes de mim? Gosta de mim?

Lisa: Então amigo so ai eu li duas perguntas kkkkk é pra responder qual?

João Pedro: As duas.

Lisa: Mas e se...

João Pedro: E se?

Lisa: eu não responder?

Antes que eu visse a resposta minha mãe me grita, e pelo tom de voz não estava muito feliz. Sem pensar direito desci e deixei meu computador lá sozinho.

Ao descer encontro minha mãe com a maior cara de decepção.

"Todos já tivemos ou passamos por situações assim únicas, emocionantes, diferentes, e vamos a partir de hoje compartilhar com vocês historias reais, se você também quer ver sua historia em nosso livro mande ela para +5511982314805 ou +5511984981131 "

Minha vida ou quase isso por vocês

Tinha um menino que todos falavam dele, ele era conhecido por ser o mais bonito e cobiçado entre as meninas da escola. Todos conheciam ele por ter sua beleza exagerada, simpatia e seu bom humor. Porém ele namorava uma menina que coneseguiu chegar a sua altura no quesito beleza.

Ele era louco de amores por ela, mas como todos sabem nada é perfeito pra sempre. Foi então que em uma briga os dois terminaram, pela forma como brigaram todos pensaram que ele não iriam voltar.

Então um certo dia esse menino estava no mesmo grupo de amigos que eu, não sabia direito o que estava acontecendo só sei que ele mexia comigo. Ele era meio bobo, tudo pra ele era motivos de zoação e deboche .

Um dia ele veio conversar comigo, (achei super bacana) mas ele não veio na inocência queria algo em troca. Ele disse que já havia me visto numa festa que havia na escola e que falou de mim para seu irmão. Fiquei meia que surpresa com o seu comentário.

Quando me dei conta as coisas já estavam ocorrendo rápido demais, eu achei meio estranho tudo o que estava acontecendo mas estava gostando. Não demorou muito pra ele me convencer a ficar com ele e eu realmente achei que fosse acontecer algo sério.

Mas no final não tivemos nada demais a não ser uma grande decepção que eu tive por ter ficado com ele, pois ele não passava de um grande galinha. Mas é nas decepções da vida que aprendemos a criar maturidade. E não persistimos no mesmo erro duas vezes.

- Anônimo

Minha vida ou quase issoOnde histórias criam vida. Descubra agora