Capítulo 9

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– Cat, querida, venha ver o que Papai Noel deixou para você!

Catherine desceu as escadas correndo, ainda com seu pijama rosa de ursinhos e cabelo ruivo despenteado, saltou da cama assim que ouviu a voz da avó, era manhã de natal e ela mal podia esperar para olhar o que Papai Noel havia deixado para ela embaixo da árvore de natal.

A sala estava decorada, linda como todos os anos. Uma enorme árvore de natal que Cat ajudara a montar, velas decoradas na mesa de centro, piscas piscas brancos nas estantes, guirlandas e piscas piscas coloridos na porta de entrada, um boneco de "neve" junto da escada e bolas de vidro com detalhes dourados que caiam como uma cascata no arco de entrada para a sala de jantar.

– Bom dia, querida. - vovô disse da poltrona em que estava sentado, segurando uma xícara de café.

– Bom dia, vovô! FELIZ NATAL! - ela gritou e foi abraçá-lo. Depois correu para abraçar a avó e a tia Elisa, que estava na cozinha tomando café e com embalagens de presente ao seu redor.

Cat voltou correndo para a sala e sentou-se pertinho da enorme árvore de natal cercada de presentes e começou a abrir todos que tinham etiqueta com seu nome.

Catherine deu um sorriso triste diante da lembrança de quando tinha cinco anos de idade. Catherine amava o natal.

Agora ela estava deitada no sofá, olhando para a pequena árvore de natal em sua sala e terminando de enviar uma mensagem para a Paloma e pensando no que escreveria para a tia.

Bom dia, tia! Eu sei que ainda é cedinho, mas já vim desejar um feliz natal!

Ainda lembro de quando acordava cedo todas as manhãs do dia vinte e cinco de dezembro, corria as escadas gritando Feliz Natal, abraça você, o vovô e a vovó e corria para abrir meus presentes. Era uma época tão doce...

Lembra daquele natal em que eu ganhei uma bicicleta rosa decorada com fitinhas e você foi me ensinar a andar nela enquanto a vovó cuidava dos preparativos para a ceia e o vovô do jardim? Ainda lembro dos meus gritinhos de felicidade, da sensação do vento passando por meu rosto e de sua cara de assustada e preocupada quando eu cai e arranhei meu joelho, o que nem fez muita diferença pra mim, já que no lugar de começar a chorar, eu montei na bicicleta de novo, enquanto você ria aliviada.

Sinto tantas saudades, tia. Queria que você estivesse aqui comigo hoje. Poderíamos comer lasanha, tomar chocolate quente e assistir filmes natalinos até de madrugada, como costumávamos fazer quando eu já estava mais velha.

Esses dias eu estava pensando que fui um pouco egoísta por tê-la deixado assim, afinal, temos apenas uma a outra de família. Sinto muito. E sei que você me entende, e realmente, muito obrigada por isso. E não pense que eu mudei de ideia sobre ser a madrinha do seu casamento! Nem ouse colocar alguém no meu lugar, senão eu apareço no dia da festa e saio de dentro do bolo! KKKKKKKKKKKK okay, não faria isso. Manda um beijo pra o Lucas por mim e feliz natal, sim? Os presentes que eu mandei para vocês já chegaram? Espero que tenham gostado!

Ah, e poderia levar flores para a vovó e o vovô por mim? Por favor. Tulipas como a vovó gostava e cravos e margaridas como o vovô gostava.

Novamente, FELIZ NATAL! Amo você <3

Terminou sendo maior do que ela esperava. Enviou.

Havia mandado um vestido longo e dourado para a tia, quando o vira na vitrine, teve certeza que ficaria perfeito nela, um perfume que ela sabia que o Lucas gostava e colar de "Best Friends" para a Paloma - metade de um coração com ela e a outra metade com a Paloma.

Me EncontraWhere stories live. Discover now