Capítulo 10

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Os risos preenchiam o ambiente. Catherine estava na sala, junto com Lys, Amelie, Alice, Louise, Harry, Antonny, Nicolas, Luke, o avô e a avó de Luke e mais dois tios, duas tias e dois primos de Luke. Já haviam conversado sobre coisas do cotidiano, faculdade, trabalho, coisas engraçadas que aconteceram durante o dia, histórias de natais passados.

A sala estava bem decorada, com uma enorme árvore de natal, papais noeis, velas e meias penduradas no corrimão da escada. Nesse momento o pai de Luke finalizava uma piada e todos caiam no riso. Já estava quase na hora da ceia ser servida.

– Nos conte um pouco mais sobre você, Catherine. - pediu Harry. – O que te trouxe à Califórnia?

Cat bebericou seu vinho.

– A chance de um recomeço. Eu precisava encontrar a mim mesma.

Todos a olharam silenciosamente.

– E sua família? Não sente falta deles? - a tia de Luke, Ana, perguntou.

– Eu sinto saudades da minha tia e da minha melhor amiga, sim. Mas a vida exige que sigamos nossos próprios caminhos. Os meus pais faleceram quando eu ainda era um bebê, e meus avós, que me criaram desde então, faleceram este ano. Minha família nunca pôde ser considerada propriamente grande.

Um silêncio mortal caiu sobre o ressinto. Catherine rapidamente sentiu-se mal por ter despejado tudo assim, não queria destruir o clima gostoso que estava ali. Mas nem teve muito tempo de pensar nisso, já que rapidamente todos começaram a dizer “Sinto muito” e “nós não sabíamos, sinto muito.”, “ Você é uma garota maravilhosa Cat, mais forte do que aparenta.” Cat agradeceu a todos e rapidamente mudaram de assunto e deixaram o clima triste para trás.

– Mas conta aí, quando vocês dois vão assumir o namoro? - Nicolas questionou com um sorriso malicioso.

– Somos apenas amigos, não tem isso de namoro. - Luke respondeu.

– Ah, sem essa, nós vimos a forma como olham um para o outro. - Antonny rebateu.

Catherine corou fortemente, não sabia o que dizer diante disso.

– Dá para parar de tentar me envergonhar, por favor? - Luke disse entre dentes.

– Que isso irmãozinho, estamos apenas dando uma força! A Cat é uma pessoa maravilhosa! - Nicolas passou um braço pelos ombros de Catherine e a abraçou de lado.

– Nicolas e Antonny! Vocês estão deixando a Catherine sem jeito! - Louise repreendeu.

Os dois riram e Nicolas soltou Cat.

Catherine se sentia tão bem ali sentada e conversando com aquela família, eles a faziam se sentir como parte da família. Cat olhou para os avós de Luke, imaginando o amor que sentiam um pelo outro, mesmo depois de tantos anos, como ele contara a Luke. Percebeu que eles a olhavam carinhosamente, o avô até a olhava como se soubesse de algo que o restante desconhecia, como se aprovasse algo.

– Eu me lembro de uma vez que o Antonny ficou chorando em cima de uma árvore porque não conseguia descer. - Luke começou.

– Ah, qual é?! Eu tinha dez anos! - Antonny protestou.

– Mesmo assim - Luke continuou sem dar atenção a ele. – Uns garotos do bairro desafiaram ele a subir na árvore e ele foi, mas quando chegou lá em cima, ficou com medo de descer e começou a chorar chamando pela mamãe, só que a mamãe não estava em casa e eu que tive que acalmá-lo e incentivá-lo a descer. Eu ainda rio quando lembro disso.

Todos da sala olharam para Antonny e riram, a Louise foi para a cozinha murmurando “garotos e suas peripécias”.

– Você quer mesmo começar a contar histórias constrangedoras? O que você acharia de eu contar sobre a sua primeira festa? Tenho certeza que a Cat adoraria ouvir.

Me EncontraWhere stories live. Discover now