Capítulo 17 || SEBASTIAN BROKE

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Terapia dia 2 - Conhecendo as vozes

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Terapia dia 2 - Conhecendo as vozes

- Como passou a noite? - a doutora Valentin pergunta sentada na poltrona de sempre, na frente da minha cama que ostenta os lençóis jogados de qualquer maneira no chão e um dos copos de porcelana destruido no chão Em minha defesa eu estava apenas experimentando uma das ideias mirabolantes das vozes, que diferente do que pensei não deixaram minha mente descansar durante toda a madrugada Mesmo depois de tomar os remédios que Catherine veio dar pessoalmente a mim. Era algo que ela chamou de Antipsicótico...Antitérmico! Ah qualquer merda do tipo, apenas engoli os dois comprimidos sem questioná-la.

Segundo ela aquilo manteria meus pensamentos calmos e o hormônio que atinge algumas partes do meu cérebro não iriam incomodar mais, por algumas horas, isso foi dito em alto e bom som por ela. Mas vamos ao resultado dele, não funcionou, durante toda noite permaneci acordado ouvindo coisas malucas da minha mente, enquanto o chá que mandei fazer serviu como bebida para os meus rins. Para que ter uma adega cara pra caralho se não podemos degustá-la?

- Ótima, melhor só se eu estivesse morto - respondo a pergunta de Sol, o sarcasmo sai sem controle algum de minha parte. Porque essa dor maldita não passa? É como se algo estivesse batendo forte em pontadas certeiras em minha cabeça. Uma dor de cabeça dos infernos, se é que ele existe.

- Hoje vamos conhecer um outro lado seu... - usando uma lente azul e os cabelos divididos em duas maria chiquinhas a doutora Sol não passa muito profissionalismo com sua aparência. Algo no fundo dos meus pensamentos está rindo como um maldito maluco disso. Mesmo que meu modus operandi esteja ligado em seu nível máximo como uma defesa. Porque sei muito bem onde essa consulta vai dar. Ela quer cavar no mais fundo que conseguir dos meus sonhos, medos e inseguranças. E as vozes querem manter a doutora longe de tudo e todos. Longe dos meus pensamentos, para me proteger do mundo exterior, prefiro me esconder do mundo a esquecer as únicas coisas que me mantém lúcidos. As vozes estão aqui por algum motivo, mesmo que no final elas querem minha morte.

- Quando as ouviu pela primeira vez? - sei bem sobre o que ela pergunta, um zumbido se instala por todo meu corpo, meu cérebro ligou alguma defesa que mantém as vozes longe, mas se eu me esforçar um pouco, consigo ouvi-las com perfeição. Minhas doces amigas de crises. Começo a falar, pouco me importando para minha aparência essa manhã:

SEBASTIAN BROKE || DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora