- Amiga, relaxa. - disse Alya, passando a mão no ombro da mestiça. - Você foi incrível, não tem que se preocupar.
- Foi horrível, isso sim. - Marinette escondia o rosto entre as mãos, com os cotovelos apoiados sobre a mesa. - Foi maldade delas fazer aquilo.
O teste para líderes de torcida já havia acabado, e Chloé e Lila dispensaram todas as garotas dizendo que as selecionadas teriam seus nomes escritos em um aviso da escola, no dia seguinte. A apresentação de Marinette havia sido um sucesso; pelo menos foi o que Alya repetiu, sem parar. Kim e ela haviam treinado tanto os passos que a coreografia já estava gravada na cabeça da garota, e ela não errou passo algum, tinha certeza disso. Isso, no entanto, não pareceu impressionar as duas rainhas da escola, que fizeram questão de apontar um milhão de erros - até coisas como "seu cabelo não está bonito o suficiente" em sua apresentação. Como se já não bastasse, assim que os testes acabaram e as alunas foram dispensadas, um pé - que poderia ser de Chloé, Lila ou uma de suas capangas - entrou no caminho de Marinette, que não era exatamente um prodígio do equilíbrio e foi de cara ao chão.
No meio do ginásio.
Durante o treino de basquete.
Na frente de todos.
Na frente de Adrien.
- Amiga, você sabe, aquelas duas são umas piranhas. Era a cara delas te fazer aquilo mesmo. - disse Alya, tentando consolar a amiga. A morena, assim como Kim - que havia visto toda a cena - saiu correndo em direção a Marinette, e teria partido para cima das duas megeras se Kim não tivesse a segurado pelos ombros. - Eu juro que um dia eu ainda vou quebrar a cara delas e aquele palhaço não vai me impedir.
Marinette, riu, se lembrando da cena. Alya tinha gênio forte, o que significava que soltar dúzias de palavrões na frente de todos não era problema para ela, nem mesmo se esses xingamentos fossem dirigidos a filha do prefeito.
- Eu tenho certeza de que vai. - respondeu a azulada, finalmente descobrindo o rosto e tomando mais uma colherada de sorvete. Para tentar levantar o astral da amiga, a morena a havia levado para uma lanchonete. Kim disse que gostaria de ir, mas ainda tinha uma hora de treino e não pôde.
- Mas olha, relaxa. - disse Alya, com um sorriso reconfortante. - Sua apresentação foi incrível, nem aquelas duas podem negar isso. Aliás, se não te aceitarem, eu juro que vou mostrar o vídeo que eu gravei pro diretor e vou ameaçar ele até você ser líder de torcida. - Marinette riu da determinação da amiga. Era realmente a cara dela fazer algo assim. - E de qualquer forma, vamos ser sinceras, amiga. Todo mundo já viu você caindo várias vezes, não é algo tão surpreendente assim.
Alya riu vendo o biquinho que a mestiça fez, logo rindo também. O que ela dissera não era mentira.
- Ok, você tem um bom ponto. Mas... - Marinette suspirou, pensando no loiro que também estava lá. - Poxa, Adrien viu tudo. Parece que sempre que ele está por perto eu faço algo, como gaguejar ou cair de cara no chão.
- Corrigindo: sempre que a filhinha do papai ou a espaguete estão por perto. - a azulada riu dos apelidos de Alya, que continuou. - E relaxa, Marinette. Elas fazem isso contigo porque sabem que você é uma garota incrível, muito mais linda e inteligente que as duas juntas. Se Adrien fosse se apaixonar por uma de vocês três, eu não tenho dúvidas de que seria por você.
Marinette sorriu. A amiga sempre a apoiava e consolava a mestiça quando ela mais precisava, e sabia como fazê-la se sentir melhor. Mas Marinette já gostava de Adrien desde o fundamental, e lá estavam eles, no terceiro ano do ensino médio e o garoto nunca havia correspondido aos seus sentimentos. Talvez Alya estivesse certa no quesito de que, entre as três, a azulada era a candidata mais provável. Mas não eram apenas as três na escola, e Marinette se perguntou se ainda valia a pena ter esperanças de ter Adrien para si.
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Juntos Pelo Destino
FanfictionKim e Marinette eram melhores amigos desde que se entendiam por gente, por conta da relação próxima de suas famílias. Aos seis anos, ambos fizeram um pequeno - mas sincero - juramento, de que jamais iriam se separar, não importava o que acontecesse...