Inesperado 4 (concluído)

Capítulo 28

Yan

Não sabia se ela estava brava comigo pelo que fiz com o cachorro e pelas coisas duras que tinha falado, por isso primeiro a tirei para dançar e poder sondar, quando  percebi que teria a chance de me desculpar, chamei ela pra darmos uma volta no nosso jardim, ela não me interrompeu e deixou que eu falasse me ouvindo olhando em meus olhos

Eu não queria perde-la, então resolvi engolir meu orgulho e admitir meu erro e pedir perdão também, tive que recuar e ao  mesmo tempo avançar, recuar nas minhas atitudes e avançar para conseguir estar ao seu lado, não estou acostumado em seguir nada, sempre fui eu quem ditou as regras, na minha vida, na empresa, tudo sempre foi como eu quis, embora seja um maluco de pedra, o pastor Fabrício tinha razão, eu tinha de alguma forma a sensação de que poderia controlar Melissa como se fosse uma boneca de pano, eu estava me comportando como uma criança birrenta e não feito um homem, preciso mudar isso mas não sei como

Yan: sinto muito ter sumido com seu cachorro, me arrependi mas quando voltei ele não estava onde deixei

Melissa: eu encontrei o pipoca, ele está bem

Yan: foi uma atitude infantil

Melissa: Yan eu amo você, mas não vai ser o centro da minha vida, vai ter momentos em que vou discordar de você e vou fazer coisas sem você, mais isso não significa que deixou de ser importante pra mim

Yan: não sei o que está havendo comigo, sempre fui do tipo racional e agora......ajo como se fosse um adolescente, acho que me apaixonar não me fez bem, vou ficar te dando trabalho

Melissa: vou amar e cuidar de você, precisa apenas parar com esse ciúmes

Yan: prometo que vou tentar

é muito difícil manter uma promessa quando você não sabe como, eu nunca tinha me apaixonado por ninguém, nunca tive que dividir nada e nem soube o que significava sacrificar, tudo na minha vida sempre foi muito prático, apesar de sempre fazer questão de lutar para ter o que era meu, tudo que conquistava era exclusivamente meu e pronto

O ciúmes que sentia por Melissa era algo que não conseguia controlar, isso porque ela era a única pessoa que eu considerava como minha e que não aceitava que nada mais fizesse parte de sua vida que não fosse eu, vencer o orgulho era mais difícil que vencer um exército armado, um inimigo interno é muito perigoso, porque ele te conhece e sabe onde mexer, e eu ainda teria muito que aprender, muito que perder e apenas uma escolha para recomeçar

Continua.....

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