Capítulo 35

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Entramos de volta no carro e JJ quis trocar de lugar com John b para ficar do meu lado. O mesmo enquanto eu voltava a dirigir dessa vez com menos velocidade, segurava minha coxa.

— Porque depois que você fez aquele monstro te olhar nos seus olhos e falar acho que você não me conhece direito eles ficaram com medo de você? — Kiara perguntou sem entender.

— Kie até eu fico com medo desse olhar que a Blue faz. — JJ começou rindo. — Mostra pra ela amor. — JJ pediu como uma criança de cinco anos e olhei para Kiara pelo espelhinho do carro.

Senti a tensão dela daqui e John arregalou os olhos. Não é uma careta. Nem uma cara feia. É um simples olhar que eu direciono diretamente no da pessoa expressando toda a minha raiva através dos meus olhos e eu nunca entendi, é uma coisa que meu tio diz que meu pai fazia e os cara se cagavam de medo.

— Fica a maior gostosa com esse olhar de mafiosa. — JJ falou e apertou minha coxa. — Viu Kie os olhos dela parecem o mar em uma tempestade.

— Eu to impressionada! — Kie falou ainda chocada e começamos a rir.

— Chegamos ao nosso destino. — Falei e logo eles reconheceram o local.

— Porque a gente veio pra cá?  — JJ perguntou entredentes com raiva.

— É Blue... Andou fumando? — John B perguntou confuso.

— Ai gente vamos entrar que eu vou explicar tudo e vocês ainda vão me chamar de gênia. — Falei já saindo do carro e respirando o ar com cheiro de chuva, provavelmente hoje iria chover.

Fui na frente com JJ do meu lado e meus amigos atrás. Depois fui em direção a frente do balcão e nele tinha um acesso de segurança através de reconhecimento vocal. Respirei fundo e adicionei o botão de fala.

— Mi chiamo Blue Hall discendente di ICM. Sangue d'argento, cuore d'oro. Le onde dell'oceano prendono la mia eredità. — Disse para o dispositivo e meus amigos olhavam sem entender o que eu havia dito.

— Isso foi... 

— Italiano meu amor — Respondi para JJ que estava de boca aberta.

— Caralho você podia falar coisas em Italiano quando a gente t....

— CALA A BOCA. — Soquei seu ombro e meus amigos riram.

O monitor abriu a porta rapidamente e dei passagem para os meus amigos. — luci accese per favore! — Falei mais alto e as luzes acenderam dando visão para um galpão que parecia mais uma casa.

Na verdade era uma sim. Estavamos na sala, mas tinha cozinha, banheiro, três quartos e um subsolo que servia como mais um esconderijo. A ''casa" vamos chamar assim, era tecnológica e só permitia a entrada do meu pai e meu tio, mas meu tio liberou a minha voz como comando.

O pessoal ficou assustado porque havia um outro galpão aqui perto de DarkStrit muito parecido com a entrada desse, que foi onde Rick me escondeu.

— Pessoal se acomodem ai porque é uma longa história. — Pedi para os meus amigos que ainda me olhavam assustados, menos JJ que a cada palavra da minha boca ele só me admirava. — Querem beber algo?

— Se você ter que falar estranho de novo eu quero! — JJ falou e ri. Fui em direção a cozinha que era dividida por um balcãozinho, que dividia a sala e ela. 

— Baze, rilascia l'elettronica, voglio birre. — Pedi para Baze, o nome da comanda, liberar os eletrônicos da casa e me entregar cervejas.

JJ me olhava de boca aberta, ele era o único que me seguira.

𝐀 𝐂𝐚𝐥𝐦𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐃𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐚𝐜𝐚̃𝐨 - 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora