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E aí? Como estão? Eu não tenho regularidade para postar essa história, só escrevo quando surge alguma idéia ou, hm vocês sabem né?

Esse capítulo é mais curto e mais leve também, eu queria abordar um tema no finalzinho e por isso que fiz dessa forma.

É isso.

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Eu ouvia perfeitamente o som irritante do teclado de Caitlin. E sabia que ela estava digitando lentamente apenas para me irritar. Conhecendo-a como eu conhecia, ela podia estar apenas escrevendo palavras aleatórias no word. Eu tinha meus joelhos no chão, minhas mãos para trás e minha cabeça abaixada em uma posição de espera.

Repassei em minha cabeça os acontecimentos que me levaram até ali. Perdi um caso importante no tribunal. Muito importante. Tão importante que me fez perder um pouco a minha cabeça e gritar de ódio assim que cheguei em casa. Caitlin, obviamente estava nesse escritório, me ouviu e apenas me chamou até aqui. Foram apenas três segundos de contato visual para ela entender o que eu precisava.

E eu precisava não ter o controle, esquecer do que eu era responsável. Apenas pertencer a ela. Era uma necessidade avassaladora e até hoje não entendia completamente o porquê sentia tanto esse desejo quando as coisas davam errado.

Por isso eu estava ali, apenas com a camisa da qual saí para o trabalho. Ajoelhada em frente à mesa da minha dona. Esperando por ela.

Ouvi exatamente quando sua cadeira foi afastada e ela se levantou, ouvi seus passos se aproximando e logo vi seus tênis em minha frente. Quase sorri. Ela não estava esperando fazer uma cena hoje, ou teria trocado seu all star de cano alto vermelho por qualquer outro sapato mais imponente. Senti sua mão macia em meus cabelos, me forçando a erguer meu rosto, a vendo em seus trajes mais casuais, a calça jeans colada, a camiseta de uma banda que nós duas adorávamos, um casaco leve por cima e seus cabelos soltos com ondas que caiam suavemente em seu rosto. Ela estava casual, calma. Se não tivesse minha coleira em sua mão ninguém diria que era uma dominadora.

— Eu não preciso de uma roupa de látex, um terno ou salto alto para fazer de você minha cadela — ela disse rude, como se adivinhasse meus pensamentos — E você sabe muito bem disso, Olívia — completou, erguendo levemente sua sobrancelha.

Tremi levemente porque ela sabia que suas palavras me levariam diretamente a pensar no dia que ela acertou vinte tapas em minha bunda dentro de um banheiro de shopping lotado porque eu lhe provoquei dizendo que com o vestido em tons pastéis com estampas florais que usava, ela parecia mais uma middle fofinha e irritante do que uma domme.

— Por quê você está aqui hoje, Olívia? — ela perguntou e eu franzi o cenho, era uma questão mais comum quando eu fazia algo de errado e ela queria que eu explicasse porque seria punida.

Mas eu não havia feito nada.

— Nenhuma ideia, hm? — questionou, puxando um pouco mais meu cabelo, o que me fez soltar um gemido dolorido — Você está aqui porque é uma vadia necessitada — provocou, o que me fez engolir em seco enquanto ela simplesmente se inclinava e colocava a coleira em eu pescoço — Você entra aqui, com suas roupas sociais e elegantes e acha que manda em alguma coisa — disse, se afastando de mim até se escorar em sua mesa — Mas dentro dessa casa, é bom que lembre seu lugar — disse rudemente, parecendo se ajeitar na ponta de madeira da mesa — Venha aqui.

Mordi meu lábio inferior, seriam apenas dois passos. Mas eu sabia como ela queria que eu me aproximasse. Minha mente ainda não estava completamente na cena, o que me deixava mais hesitante, mesmo sabendo que era algo que queria.

Dominada pelo prazer (BDSM-lésbicas)Onde histórias criam vida. Descubra agora