Cᥲρίtᥙᥣo 4

3.3K 493 970
                                    

Lembrete: Todas as deduções médicas neste capítulo foram feitas a partir de informações em várias páginas da Internet; portanto, elas não devem ser tomadas como referência ou como fonte confiável a ser aplicada na vida real. Qualquer correção é bem vinda.

Minho permaneceu inerte em um canto do corredor observando Jisung dormir placidamente sentado em um dos assentos desconfortáveis. A sra. Huo já havia deixado o estabelecimento quando Minho chegou. Então teve a oportunidade de sair mais cedo e contemplar a grande agitação que o adormecido havia causado.

- O homem que salvou o garotinho é seu amigo? - seu irmão mais novo sussurrou cautelosamente. Tomando cuidado para não perturbar os pensamentos de seu irmão ou permitir que mais alguém o ouça.

Minho ficou em silêncio por um tempo e permaneceu com um olhar que estudava o jovem.

- Foi por ele que você desapareceu?

- Sim - respondeu secamente. Sua expressão lembrava a de alguém tentando resolver um quebra-cabeça de mil peças. - Foi por ele.

Jeongin assentiu incômodo e voltou a perguntar.

- Cardiotorácico, certo?

Minho suspirou. Endureceu o rosto ante o repentino interesse que Jeongin demonstrava por obter explicações de perguntas do qual nem ele conseguia responder.

- Encontre o Seungmin e diga a ele que terminamos a terapia com a Sra. Huo - ordenou, assumindo uma atitude de desdém que raramente o dominava. - Melhor parar de fazer perguntas se não quiser que te tirem do programa. Não ache que esqueceremos de hoje.

Com uma pontada no peito e engolindo saliva, Minho avançou em direção a Jisung deixando seu irmão com a palavra na boca e envergonhado. Se viu refletido em seu irmão mais velho tratando-o dessa maneira, mas tentou se convencer de que Jeongin precisava daquilo para que deixasse de perguntar.

A verdade era que Minho também estava ansioso para saber mais sobre aquele garoto. Mas estava ainda mais interessado em saber o motivo pelo qual Chan o havia enviado.

。。。

Jisung se agarrou à janela do carro e olhou surpreso para os arredores da estrada. Primeiro, garantiu que Minho não estivesse olhando para ele, mas o cirurgião estava muito ocupado manobrando e pensando em assuntos que ligavam seu rosto a uma careta séria. As luzes que brilhavam em mil tons de cores o dominavam, embotando a escuridão sob seus olhos. Algumas ainda estavam fixas nas janelas, enquanto outras cintilavam, cegando-o como placas bizarras de clubes.

Seu ciclo de sono havia sido alterado nos últimos dias. Segundo Jisung, qualquer vestígio de exaustão havia sido substituído por um sentimento de paz e adrenalina ao sair do hospital...no entanto, seus bocejos silenciosos revelavam o quão exausto estava.

Minho virou em uma esquina e a vista se tornou um pouco mais cotidiana. Os prédios ainda eram gigantescos, mas não tinham iluminações extravagantes ou outros detalhes marcantes.

Conforme foi observando a paisagem, Jisung deu uma breve olhada para Minho. A janela do motorista estava abaixada, então uma baforada noturna suave acariciou seus cabelos. Inalou a frescor até que a brisa deixou de ser reconfortante para se tornar repentinamente gelada. Não havia previsto que o médico imitaria seus movimentos e que seus olhos encontrariam os dele.

O carro avançava em linha reta e a rua mergulhava cada vez mais na escuridão e no silêncio. Jisung abaixou a cabeça e olhou para seu colo sem dizer nada. No entanto, percebeu que Minho nem sequer se encolheu com o fato de ter o deixado como um pilar de sal.

𝐀𝐍𝐀𝐓𝐎𝐌𝐈𝐀 | minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora