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Senti meu corpo ser envolto por seus braços, era o carinho mais reconfortante que já senti.

— Quer compartilhar o que está pensando? — Deixou um beijo casto em minha testa.

— Eu só não tive uma boa primeira vez... — Me calei tentando conter aquela avalanche que tentava crescer dentro de mim. — Fui perdidamente apaixonada por uma garota desde a pequena infância. Quando crescemos ela pareceu se interessar por mim, mesmo participando das brincadeiras idiotas dos seus amigos. — Pensei em uma maneira de não lhe contar muitos detalhes, não saberia como... — Segundo ela, poderíamos nos beijar escondido e fazer coisa mais "quentes". Ela me levou até a sua casa e então fez o que queria comigo, eu consenti, obviamente, mas foi esquisito... eu senti dor, incômodo e não sei, achei péssimo. — Escondi meu rosto com as mãos. — Depois, ela simplesmente me mandou ir embora e ligou para sua turminha marcando uma resenha naquela mesma noite. O assunto foi eu. A partir daquele dia o bullying que sofria pareceu se intensificar tanto que minha família precisou mudar para outro bairro. Aquele período foi extremamente assustador, desenvolvi problemas com autoestima e outras coisas mais... — Finalizei ali.

— Eu realmente sinto muito...— Seu aperto se intensificou. — Espero que um dia tenha plena certeza de que tudo o que fizeram e disseram a você não te define nem um pouquinho. — Outro selar foi repousado em minha testa.

— Ninguém além dos meus amigos sabiam disso...— Murmurei. — Obrigada por ter passado tanta segurança. — Sorri gentilmente.

— Também tenho que te agradecer pelo mesmo motivo.

Nós ficamos um tempo apenas nos encarando. Dizem por aí que os olhos falam, então, estávamos emergidas em uma baita conversa silenciosa.

Havia ficado no orfanato até as quatro da manhã (e confesso que foi maravilhoso) voltei pra casa sorridente e leve

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Havia ficado no orfanato até as quatro da manhã (e confesso que foi maravilhoso) voltei pra casa sorridente e leve.

Ficar grudada com aquela mulher tirou um peso morto das minhas costas. O bem estar que estou sentindo agora é simplesmente inexplicável.

— Acordou de bom humor filha.

— Milagres acontecem, dona Maggie. — Adentrei de vez a cozinha.

— Devo desconfiar de alguma coisa? — Olhou-me sugestiva.

— Claro que não! — Exclamei.

— Claro que sim! — A voz do meu irmão se fez presente e então me virei para o mesmo. — Onde você estava essa noite?

— Na cama. — Disse como se fosse óbvio.

— Qual? Porque na sua não foi. — Cruzou os braços.

The Sister [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora