Capítulo 3

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Boa leitura

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Rodrigo

Depois que Ana saiu em busca de ajuda, me encostei atrás do balcão tentando ficar acordado para esperar ela voltar, mas logo a escuridão me pegou, e só espero que ela esteja bem, depois de assumir todo esse sentimento e revelar o que penso me sinto muito mais leve, pois foi uma descoberta até mesmo pra mim.

***

Sinto uma claridade em meus olhos e algo em minha barriga, abro meus olhos lentamente e posso ver Ana dormindo em uma cadeira ao lado da cama onde estou, ela está apoiada em meu abdômen e sorrio de leve com a cena, retiro o cabelo de seu rosto a fazendo despertar toda descabelada e com olheiras, que contrasta com seus olhos verdes.

Desvio minha atenção dela quando sinto um incomodo no braço e só agora noto ele todo enfaixado e um soro no outro.

- Está doendo muito? - Ela pergunta preocupada fazendo um rabo de cavalo em seu cabelo, com esse movimento percebo como seus traços ficam mais expostos dando para analisar todo seu rosto, será que ela sempre foi assim ou eu sou um cego, ela é muito bonita - vou chamar o médico - ela não espera eu falar e sai apressada.

Alguns minutos depois ela volta com um homem de jaleco um pouco mais velho que nós dois, e cheio de sorrisos pra ela que corresponde, porque ela tem essa mania afinal, não tem necessidade de ficar sorrindo pra todo mundo.

E como não conheço o médico concluo que devemos estar na cidade vizinha, no hospital que temos em nossa cidade são médicos já conhecidos por todos a muito tempo.

- Olá Rodrigo, bom dia, sou o Dr. Paulo, você deu entrada nesta madrugada, com perda de sangue pelos múltiplos cortes no braço - ele fala e olha para ficha em suas mãos que devem ser sobre mim - com a demora no atendimento, pela falta de luz, acabou perdendo mais sangue e tivemos que fazer uma transfusão, aplicamos alguns medicamentos junto ao soro e já está estável, apenas alguns pontos no braço - ele vai explicando enquanto olha para Ana sorrindo, eparece até um comercial de pasta de dentes - sorte sua que tinha ela por perto, vocês tem o mesmo tipo sanguíneo - ele fala mais algumas coisas sobre os remédios que continuarei tomando por uma semana, e avisa que depois uma enfermeira voltaria com a alta.

- Perdi alguma coisa - falo pra ela quando ele finalmente sai

- Não entendi?

- Enquanto eu estava todo machucado, você ficava por aí de trela com esse médico, sorriso de orelha a orelha - olho rápido pra ela e devido para a janela não aguentando olhar em seus olhos

- Não acredito, você já vai começar, ele quem te ajudou e ficou me acalmando enquando estava preocupada com você que não acordava - ela fala brava

- Ah sei a calma, você não acha que isso é demais não, afinal é o trabalho dele - falo olhando pra ela novamente

- Você é muito idiota mesmo, sabia que não valeria a pena ter ficado aqui sete horas te esperando acordar, você não tem jeito - ela se levanta para ir embora quando eu seguro seu braço.

Eu te odeio?Onde histórias criam vida. Descubra agora