Capítulo 19 - A garçonete

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Oi gente!

Capítulo passado eu tava tão emocionada que nem agradeci pelos 2k! Obrigada!!!!! Escrever esse livro tá sendo uma experiência incrível e eu fico MUITO feliz em ver o retorno que nós estamos tendo com Valerie.

A opinião de vocês é muito importante e eu agradeço quem tira um tempinho pra me contar o que estão achando <3

Enfim, espero que gostem!

Boa leitura.

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Capítulo 19 – A garçonete

Caleb estava deitado em sua própria cama, os olhos claros miravam o teto do quarto com distração. A verdade é que aquele não era seu quarto há muitos anos, mas ele achava graça ao ver que a mãe tinha mantido tudo em seu devido lugar desde que ele tinha se mudado.

As prateleiras continuavam repletas de figure action (embora ele tivesse levado muitos deles consigo), os livros de escola estavam lá, o computador antigo sobre a mesinha de ébano que ficava de frente para a janela e até mesmo a cadeira preta que tinha um furo no estofado.

Ele sempre ficava naquele quarto quando ia para a casa dos pais, mas hoje apenas estava aguardando até o momento em que o jantar ficasse pronto (além da chegada dos convidados que ele não conhecia).

Por conta da construtora, sua família conhecia uma gama de pessoas que com o tempo ele parara de decorar os nomes.

A porta do quarto tinha sido aberta com delicadeza e o rapaz desviou os olhos para avistar sua mãe, que entrava em passos cautelosos no cômodo.

Mercedes Wyllie Fletcher era uma mulher de personalidade forte, que vivera toda a vida dentro da alta sociedade. O cabelo dela era castanho claro, como o de Caleb, mas seus olhos escuros eram diferentes dos azulados do filho (não somente na cor, mas na rigidez que eles possuíam). Hoje, ela usava um vestido verde musgo, acompanhado de sapatos de salto que ele não sabia marca, uma pulseira de brilhante no braço direito, o anel de casamento e um solitário com uma pedra de diamante que ela havia ganhado de aniversário, fazendo par com os brincos que estavam ocultos pelo cabelo que caia por seu rosto.

- O que está fazendo aqui, querido? – Perguntou enquanto caminhava na direção do filho, que permaneceu deitado na cama mesmo quando ela sentou ao seu lado. – Nossos convidados já vão chegar.

- Estou um pouco cansado. – Caleb confessou fechando os olhos ao sentir o toque da mãe em seu cabelo. – Estamos criando um projeto complicado, está me consumindo aos poucos. – Acrescentou em um tom dramático, abrindo um dos olhos para analisar as expressões da mãe. Havia uma leve ruga entre as sobrancelhas dela, embora ela tentasse disfarçar a reprovação.

- Seu pai ficaria feliz se você fosse trabalhar na construtora. – Mercedes falou em um tom de voz aveludado. – É o negócio da família, querido.

- É, eu sei.

- Eu também ficaria feliz.

- É, eu sei.

Mercedes respirou fundo e tirou a mão do cabelo do filho, mirando o computador velho que ele possuía com uma leve irritação. O sonho dos pais era de que o Caleb seguisse carreira como engenheiro ou arquiteto, tomando conta do império de construções dos quais a família dele era dona.

- Sabe que um dia precisará assumir, não é?

- Não tenho pensado nisso no momento. – Caleb respondeu com indiferença, sentando-se na cama ao lado da mãe. – Você e papai estão jovens, não tenho com o que me preocupar.

ValerieOnde histórias criam vida. Descubra agora