cap. 03

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Sina

30 de agosto, em outras palavras, 1 dia pras aulas começarem.

Mais um dia na minha querida mansão, que eu amo e com minha família que super me entende (sentiram a ironia?).

O café da manhã tinha sido silencioso, ninguém ousava dizer uma palavra, nem Winnie (minha cachorrinha) latia. Ao contrário do que tinha acontecido antes.

Só faltou meu pai me expulsar dessa casa, segundo ele eu tinha envergonhado a família inteira com aquele mini showzinho, que eu nunca devia ter defendido o Tyler e muito menos saído com ele daquele Clube.

Foi um um caos!

Eu nem teria tomado café naquela mesa se eu não estivesse morrendo de fome. Mas se ele pensa que eu vou mudar para o agradar ou deixar boa impressão para as pessoas, ah ele está muito enganado.

Saio de casa e caminho em direção a piscina, era um bom lugar pra ficar sozinha.

Não tão sozinha.

Essas pessoas não tem casa não?

Assim que abri o mini portão que dava pra piscina já avistei parte do grupinho tomando sol e a outra parte nadando.

SÃO 10 DA MANHÃ O QUE ELES ESTÃO FAZENDO NA MINHA CASA?

Reviro os olhos pra mim mesma e fecho o portão novamente, ignorando os chamados de alguma pessoa que eu não me importava em saber quem era.

- Ei! Sina! - continuo andando - Você não me ouviu te chamar? - olho pro lado vendo um Noah ofegante.

- Não - minto.

- Hum... Por que não fica lá com a gente? - olho pra ele como se a resposta fosse óbvia - Ah é.... Certo.

Ficamos caminhando em silêncio e sem rumo. Noah parecia meio sem graça ao mesmo tempo que parecia gostar daquilo.

- Seus pais brigaram muito com você?  - diz quebrando o gelo.

- Nada com que eu já não esteja acostumada - respondo baixo dando de ombros.

- Queria ter essa corajem que você tem.

- Você não precisa ter, gosta do que tem, gosta de ser rico.

- É, gosto.... Você não?

- Gostaria se meus pais usassem o dinheiro que eles têm pra uma boa causa.

- O que seria essa "boa causa"? - pergunta.

- Ajudar hospitais, crianças com câncer ou outras doenças, pessoas que passam fome, orfanatos, asilos.... Essas coisas - encerro.

- Você tem uma mente muito aberta pra uma garota de 17 anos - rio fraco.

- Gosto de ser assim.... Sei que elas são suas amigas, mas não suporto o jeito que Heyoon, Sabina e Joalin se acham superiores a todos só porque são bonitas, populares e ricas.

- É, pensando assim, é realmente verdade.

- Tyler e meu avô foram as pessoas que me fizeram abrir a mente desse jeito - digo.

- Vocês são muito próximos né? Vocês dois.

- Ah sim - um sorriso bobo se forma em meu rosto - Somos muito próximos.

- São só amigos?

- Sim, só amigos - rio fraco - Por que?

- Por nada - dá de ombros - Curiosidade - assinto.

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