cap. 31

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Sina

- Sina, por favor - Josh pedia pela milésima vez.

- Não adianta, eu não vou nesse jogo.

- Josh, se a sua irmã não quer ir... deixe ela - meu pai dizia levando um copo de suco até a boca.

- Mas hoje é o primeiro jogo, é importante - ele insistia.

- Josh, já disse que não vou - revirei os olhos.

- Sem contar que você é capitã das líderes, ficaria feio se você não fosse.

- Concordo - olhei indignada pra Tyler - O que? - levava um pedaço de bolo de chocolate até a boca.

- Às líderes não vão se apresentar hoje, vai dar na mesma - dei de ombros.

- Mesmo assim - reforçava - Você como capitã tem que estar presente em todos os jogos, depois perde o cargo pra Zoe e não sabe o por que - mostrei o dedo do meio pra ele.

- É mais fácil o inferno congelar do que eu perder alguma coisa pra ela - o encarei.

- Ótimo - se animava - Então você vai.

- Josh, eu já disse que não vou, por favor não insista - tentei manter a calma.

- O que você acha disso, mamãe? - o loiro encarou minha mãe que até agora, só observava.

- Acho que se sua irmã não quer ir, não devemos obriga-lá - mostrei a língua pra Josh - Mas não posso negar, que, pra você como capitã, possa passar uma imagem ruim - revirei os olhos.

- Eu disse - Josh se encostava na cadeira.

- Eu não vou - me levantei - Não adianta insistir.

[...]

- Tem certeza que não vai? - meu irmão perguntou abrindo a porta do quarto.

- Tenho, Joshua - respondi impaciente.

- Se você mudar de ideia, vou deixar a chave do meu carro em cima do balcão.

- Tanto faz.

Ele suspirou e fechou a porta. Eu queria muito assistir o jogo, mas o medo de vê-lo com outras garotas, era maior, bem maior.

Me concentrei no dever de Literatura que eu estava tentando terminar. Pra falar a verdade eu só queria ocupar minha mente com qualquer coisas que não fosse Noah Jacob Urrea.

- Que droga - disse pra mim mesma enquanto tentava encontrar meu grampeador.

Revirei minha mochila, minha mesa de estudos, todo lugar possível pra se guardar um grampeador, e nada.

Bufei me levantando e indo até o escritório dos meus pais, onde com certeza teria um.

Abri a porta e começei a procurar pelas gavetas, prateleiras, armários...

- Bingo - disse ao achar o objeto dentro de uma das gavetas.

Começei a guardar todos os papéis que eu tinha tirado daquela mesma gaveta, até achar um envelope, ao mesmo tempo que meu celular começou a tocar.

- Alô?

- Sina, você não vem mesmo? - Sofya disse do outro lado da linha.

- Não Sofya, e você sabe mais do que ninguém o motivo - me sentei em uma poltrona preta que tinha ali.

- Eu sei - ouvi seu suspiro - Mas poxa, seus pais estão aqui, seu irmão, e seu melhor amigo... Quando você achou que eles iriam ficar juntos sem se matar? E você vai ficar aí? Deitada assisitindo série.

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