cap. 22

7.8K 565 680
                                    

Narrador

- E aí cara - Josh fez um toque de mãos com Urrea após abrir a porta de sua casa - Entra.

- Ela tá aí?

- Não, ela e meus pais brigaram de novo, ela saiu já faz uns 20 minutos - se sentava no sofá.

- Hm..

- Dessa vez a briga foi feia...

- Sério?

Josh contou a Noah toda a briga, até ele mesmo havia ficado mal com aquilo que ouvira, seria eternamente grato a Tyler por ter feito amizade com Sina e a ter impedido de cortar os pulsos, como havia dito.

- Nossa, coitada... - Noah disse incomodado com a situação, não gostava de Tyler antes, mas agora, tudo mudara.

Logo todos estavam na casa do canadense, na maioria dos finais de semana eles se reuniam pra fazer conversar e passarem um tempo juntos.

- Olá - Clara disse descendo as escadas junto a Hector.

- Boa noite Dona Clara...

Se sentaram no sofá, ao mesmo tempo que o celular da mãe de Sina começara a tocar.

- Quem é? - Hector perguntou.

- Não sei... É um número desconhecido.

- É melhor não atender - assentiu colocando o celular sob a mesinha de centro da sala de estar.

O telefone tocou mais três vezes seguidas, sem tempo livre, quando caía na caixa postal, já ligavam outra vez.

- É melhor atender mãe - Josh disse - Pode ser importante.

Clara deu de ombros atendendo a ligação com um "alô" e no máximo 15 segundos depois sua expressão estava totalmente diferente doque estava antes.

- Obrigada por avisar Sofya, estou indo pra lá agora mesmo - desligou o celular pegando uma bolsa que estava na poltrona ao lado, as mãos tremendo.

- Querida? Está tudo bem? - Hector se levantou.

- Sina sofreu um acidente e tá em estado grave no hospital.

Foi como um jato, todos estavam sentados e quando ela disse sobre, todos se levantaram de um pulo do sofá, pegando a chave de seus respectivos carro, já saíndo da mansão.

Josh, assim como Noah não estava com cabeça pra dirigir, foram no carro junto com Heyoon, Sabina e Joalin. Em outro foram apenas Bailey e Pepe e no carro de Hector fora ele, Clara e o motorista da casa, já que os dois estavam meio desnorteados.

[...]

- Quero ver Sina Deinert Beauchamp - Clara diz colocando sua bolsa sob o balcão da recepção.

- Podem esperar ali - aponta pra algumas cadeiras - Estamos aguardando a família dela chegar.

- Eu sou a mãe dela - grita.

- Ah me desculpe - se levanta imediatamente - Podem vir por aqui. Vocês não vão poder entrar na sala, mas podem ver tudo o que está acontecendo.

A secretaria os levou até uma sala com vidro onde se podia ver tudo o que estavam fazendo.
Tinham dois médicos ali, junto a várias enfermeiras.

- Andrenalina - mandou.

- Andrenalina ingetada - uma das enfermeiras disse após aplicar uma siringa na veia da alemã.

Logo um dos médicos iniciou as massagens cardíacas. Ele fez várias repetições enquanto o outro bombeava o instrumento de oxigênio.

- Confira novamente - o médico que cuidava do oxigênio disse para uma das enfermeiras que segurou o pulso de Sina.

- Sem pulsação.

Naquele momento todos ali já choravam. Mesmo sem nenhum dos médicos dizer, sabiam que as chances da alemã sobreviver eram mínimas, provavelmente 5% em 100%.

- Temos que continuar tentando reanima-lá, pegue o desfibrilador.

Uma outra enfermeira saiu da sala as pressas. Enquanto isso, mais três pessoas se juntaram a eles. Sofya, Tyler e Krystian chegaram as pressas, sem dizer nada, apenas observando o que acontecia ali.

Segundos depois a mesma enfermeiria voltou com o aparelho em mãos. Quando um dos medicos encostou o mesmo aparelho no peito de Sina, o corpo teve uma contração, levantando suas costas da maca e voltando.

A enfermeira novamente segurou o pulso de Sina, logo o soltando fazendo um sinal negativo com a cabeça.

- Sem pulsação.

O médico levou as mãos a cabeça, sem saber o que fazia. Levantou o olhar vendo todos ali os observando com lágrimas escorrendo dos olhos, fez um sinal para que saíssem dali, para uma salinha mais reservadas, e assim fizeram.

- Sou Doutor Bryant - apertou a mão dos pais da garota - Estamos fazendo o possível pela sua filha, mas a Sina não reage.

- O que quer dizer? - Clara perguntou com as mãos tremendo.

- Vou levá-los até ela.

Seguiram até a sala onde Sina estava deitada inconsciente, quase morta. Não teria como caber tantas pessoas naquela sala com uma maca e mil aparelhos, então o doutor os havia pedido para que só a família entrasse, Clara, Hector e Josh entraram na sala com um aperto no coração.

- Tudo bem gente - disse para os enfermeiros que ainda estavam lá, assim como o outro médico que ainda fazia as massagens cardíacas.

Logo todos saíram da sala, deixando apenas os três ali, com o coração na mão.

- Não faz o menor sentido - Hector socava um armário que continha naquela sala (// agora volta o cão arrependido né?)

Todos na recepção escutavam o choro dos familiares, não sabiam o que fazer, havim feito tudo o que podiam.

Josh respirou fundo tentando se acalmar (o que não deu nem um pouco certo) e foi até Sina, segurando sua mão.

- Eu me importo com você, ok? - apertou a mão da irmã - Ok? Eu te amo. Então não vá. Eu preciso de você. (// amor de irmão né gente)

A máquina que media os batimentos começou a fazer um barulho como um "pi...pi...pi...pi...". Os médicos que se encontravam na recepção adentraram como um raio na sala.

- A pulsação voltou - um deles disse - Preparar pra entubar.

Novamente eles foram tirados da salinha.

- Como ela tá? - Noah perguntou se levantando de um pulo ao ver eles chegando junto com um outro médico.

- A Sina tem pulsação, mas ainda é fraca. Estamos fazendo de tudo para estabilizar. Vamos encaminha-lá para um outro hospital... Na minha opinião Doutor Medd e a única chance dela.

Sina fora encaminhada de helicóptero para um hospital do outro lado de Chicago.

Ninguém poderia imaginar que um acidente poderia deixar uma pessoa assim, e muito menos que essa pessoa seria Sina Deinert Beauchamp.

Noah esperava ancioso por notícias, não poderia perde-lá, não mesmo, aquilo estava fora de cogitação.

Sua vontade era de sair derrubando tudo o que via pela frente, queria vê-la, queria vê-la viva, sorrindo, dançando como ninguém, pintando quadros como uma verdadeira artista, a queria de volta.

Se culpava por tudo o que havia acontecido, nunca deveria ter falado aquilo, era totalmente mentira. Tinham brigado e a culpa era toda dele. Se tivesse ouvido ela e seus amigos, quando o alertaram sobre Zoe, talvez isso não estivesse acontencendo. Não poderia acreditar, não queria acreditar, a garota que ele tanto gostava, estava agora... na beira da morte.

_______________________

capítulo pequeno pra vocês não sofrerem 😔

não se esqueçam de votar e comentar.

não se esqueçam de lavar as mãos, usarem álcool em gel e se necessário sair na rua, não se esqueçam da máscara.

- vii💗

your money || noart Onde histórias criam vida. Descubra agora