Fazia dois dias desde o ocorrido e Josh parecia cada dia mais distante, eu sinceramente estava cansada de tentar entende-lo, quando estávamos ficando próximos, quando eu realmente começava a achar que poderíamos ser amigos ele se afastava. E isso me deixava extremamente frustrada, já estava cansada das inconstâncias dele, aliás a única constância que eu tinha sobre Josh era que ele era completamente inconstante.
O telefone tocou e corri para atender já sabendo quem era.
☎...Ligação...☏
- Oi Jô.
Joalin: Gata, já está confirmado sua consulta amanhã. -Sorri com suas palavras mal via a hora de ouvir o coração do pontinho novamente.
- Obrigada Jô, muito obrigada.- As lágrimas se formaram em meus olhos,toquei em minha barriga e sorri.
Joalin: Não seja boba. Não precisa agradecer, amanhã passo aí às duas horas.
Depois disso ficamos conversando futilidades, como roupas, sapatos a nova linha de roupa que sua mãe havia lançado e no final Jojo me fez prometer que depois da consulta sairíamos para comprar roupas para o bebê, mesmo eu insistindo que estava sem dinheiro.
Joalin: Para com isso Any, me deixa mimar minha sobrinha um pouco.- Sua voz já soava irritada.
-Jô, é muito dinheiro, não quero que fique gastando dinheiro comigo.
Joalin: É por isso que eu não vou gastar com você vou gastar com a minha sobrinha. Por favor Any.- Já cansada de toda aquela discussão decide por fim aceitar.
- Ok. Mas nada muito caro. - Ouvi seu grito do outro lado é fui obrigada a afastar o telefone do ouvido.
Joalin: Eu sabia que você ia aceitar.
- Ta bom Jô, tenho que desligar. Beijos.
Nos despedimos e segui até a cozinha para tomar um suco, apesar de tudo estava feliz por amanhã poder ouvir novamente o coração do meu pontinho, era uma sensação tão única, tão especial que não há palavras e muito menos emoções que possam descrever aquele momento. Novamente passei a mão sobre a barriga, tendo certeza que aquilo havia virado um hábito.
- Talvez ser mãe não seja tão ruim assim. -As palavras ditas me fizeram ter a certeza de uma coisa eu já o amava.
Quando deu sete horas decidi que não esperaria Josh, não como nos outros dias, quando eu sentava no sofá
e esperava até seu retorno para seguir para o quarto, hoje não. Peguei um livro na estante e segui até o quarto. "Hoje não me encontraria sentada no sofá como uma tola" Pensei.
Ouvi o conhecido rangido da porta e me obriguei a continuar no quarto, se ele quisesse falar comigo viria me procurar. Ele não foi. Fiquei sentada a espera de que ele chamasse meu nome ou viesse até o quarto, mas nada aconteceu. Eu estar ou não era um fato totalmente irrelevante para Joshua, tanto é que ele nem fez menção de se preocupar com o fato de eu não estar sentada no sofá como todos os dias.
- Tola, você é uma tola. Com raiva taquei o livro na parede, pouco me importando com o barulho feito, nem assim ele veio me procurar.
A madrugada parecia absurdamente quente aquela noite, e a falta de sono foram o suficiente para me deixar
extremamente irritada. Uma vontade louca de comer melancia se apossou de mim e segui até a cozinha.
-Droga! -Fechei a porta da geladeira com brutalidade, depois de dez minutos olhando cada milímetro da mesma não havia encontrado o que eu tanto desejava naquele momento.
Liguei para o celular de Jô mas ela não atendeu, talvez porque fosse três horas da manhã.
