Capítulo 19

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Emilly

Com o veículo se locomovendo, percebo que é um local completamente estranho pra mim. É uma rua deserta e tinha apenas uma casa simples porém bem cuidada.
Dentro do carro, começo a rezar baixinho, estava com muito medo. Nem quando fiquei nas garras de Nicolas senti tanto medo, mas esse local me fazia sentir calafrios por todo o meu corpo e começo a sentir uma sensação estranha.- É como se já imaginasse que irei sofrer ali.

O carro finalmente parou, estacionando perto daquela casa que me fazia sentir calafrios. As pessoas que usavam máscara saíram do carro e fiquei apavorada, mirando meus olhos em alguma coisa que possa me ajudar a fugir. O homem ordenou pra mulher com sua voz grave.

— Leve ela até a casa, tenho uma surpresinha pra ela

A mulher acenou positivamente e me puxou pelos braços bruscamente  arrancando me da poltrona com força. Desesperada seguro me na maçaneta, porém ela se irrita e aperta os meus braços me fazendo gritar.

— Quem são vocês? O que querem comigo? - Nada. Só ouvia-se o som da minha própria voz e da cigarra que cantava.

Fica quieta garota! - A mulher falou irritada

Fui conduzida bruscamente até a entrada da casa sendo praticamente arrastada. Ao entrarmos a mulher sem piedade me jogou no chão bruscamente fazendo a minha cabeça bater no chão. Lágrimas desceram lentamente,estava sem forças. Meu corpo não obedecia ao comando do meu cérebro.

— Levanta garota! - A mulher falou rude

Percebendo que eu não levantava ela  enrolou meus cabelos em suas mãos puxando com força me fazendo gritar.
Ela gargalhou alto.

— Você é muito fraquinha... não sei como suportou o Nicolas - Fala debochada

No mesmo instante, entra um homem e ele se aproxima na minha direção que ainda me encontro presa pelas mãos da mulher que segurava meu cabelo.

— Ora Valentina, isso não é jeito de tratar alguém que é do meu sangue

Ele tira a máscara do rosto e fico em choque vendo quem menos esperava na minha frente.- Nada mais e nada menos que meu próprio pai.

Arregalo os olhos assustada e ele me olha sorrindo abertamente. Minha boca se abre e fecha tentando falar algo, porém não saí nenhum som audível, tamanho o meu choque.

— Pa..pai - Gaguejo

— Olá filhinha - Ele fala debochado

— Mas como isso é possível? Porque está fazendo isso? - Sussurro incrédula

— Nossa como você é idiota, acha mesmo que me importo com você? Tenho pena de você.. - Ele fala frio

— Você... nunca me amou...nem só por um segundo? - Pergunto triste

— Nunca te amei e nunca vou amar, você não passa de uma aberração quando matou a minha esposa. - Ele esbraveja

— Você sabe que a culpa não foi minha, simplesmente aconteceu..mas eu não matei a mamãe.

— MATOU SIM SUA VADIA

Na mesma hora sua mão voa na minha cara me fazendo cair com a boca sangrando. Ele chutava minhas costas e costelas fazendo me gemer de dor. Choro de soluçar porém isso não parece o comover pelo contrário seus chutes aumentam a intensidade.
Se dando por satisfeito, ordena pra Valentina me tirar dali.

— Valentina, jogue ela no porão e a deixe sem água e comida.

— Sim senhor! - Ela sorri debochada

Vingança Fatal (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora