flaming hot cheetos

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A tarde foi exaustiva e o resultado não foi tão positivo mas nos divertimos bastante, não posso negar que Finn é melhor do que pensei que fosse.
— Aqui. — ele joga uma lata de refrigerante na minha direção. Já está escurecendo e logo vamos ter que entrar mas gostaria de passar mais algum tempo do lado de fora, me sinto tão livre. — Você é horrível mas eu, como um bom profissional que sou, vou te ajudar a melhorar.
Abro a boca encenando uma profunda ofensa com aquelas palavras.
— Eu fui muito bem! Você tá com medo da ameaça que eu ofereço em ser a melhor skatista da região. — Wolfhard sorri bebendo um pouco do refrigerante. Suas sardas são iluminadas pela luz fraca da lua que aparece aos poucos no céu. Nossos olhares se encontram em um relance e não proferimos uma palavra se quer a partir de então. Ethan rompe o silêncio intimidador.
— Vocês estão aí! Já está tarde. Filho, me acompanhe até o meu escritório por favor.
Passo o mais rápido possível em direção ao meu quarto, preciso tomar um banho e descansar antes de jantar. Ter um banheiro no meu quarto é uma das minhas coisas favoritas aqui, sem dúvidas.
As gotas caem sobre meu corpo enquanto Flaming Hot Cheetos soa por todo banheiro. Só consigo pensar na tarde de hoje. Que merda está acontecendo comigo?
Visto a primeira roupa que encontro ao abrir o guarda-roupa, assim que o jantar terminar vou tirá-la de qualquer forma. Minhas pernas doem um pouco e consigo ver alguns arranhões pequenos no meu braço, espero que esse esforço valha a pena.
— Oi querida. — minha mãe entra no quarto. — Hoje não vamos jantar na cozinha, se quiser pode comer aqui mesmo.
— Aconteceu alguma coisa?
— Ethan e Finn discutiram. Parece que foi sério. — fico preocupada instantaneamente. Será que tenho algo a ver com isso? Não faço ideia. — Qualquer coisa estarei no meu quarto.
Não vou conseguir comer nada antes de certificar se causei problemas para Wolfhard, preciso perguntar para ele. Espero minha mãe se afastar para poder ir em direção ao quarto dele. A porta está fechada e é possível ouvir algo estilhaçando no chão.
— Oi... — bato receosa. Não obtenho nenhuma resposta. — Eu te causei algum problema?
— Não, fica tranquila s/n. — sua voz está abafada e um pouco rouca. A briga realmente foi séria.
— Quer conversar sobre? — a porta na minha frente se abre. Entro devagar sem saber ao certo o que fazer.
— Não sei por que caralhos vou te contar isso...— ele suspira e abaixa a cabeça. — Meu pai encontrou uma coisa no meu quarto...
— Uma revista pornô debaixo da cama? — Finn sorri e revira os olhos. — Foi só um palpite.
— Cocaína. — agora entendi o porquê de tamanha discussão. Não era possível que ele estava com aquilo no quarto. — Só queria experimentar, eu juro.
— Você tem cara de drogado mesmo. — ele semicerra os olhos e mostra o dedo do meio. — Mas caralho, cocaína? Tá maluco?
— Obrigado, você tá me ajudando muito!
— Como você vai resolver isso? — sua expressão volta a ficar séria.
— Até amanhã eu consigo inventar algo. O que me irrita é essa invasão do meu pai com as minhas coisas.
— Isso é um saco mesmo. Às vezes tenho vontade de sair correndo por aí simplesmente pela sensação de ser livre.
— Você também se sente enjaulada? — afirmo com a cabeça.

𝔠𝔞𝔩𝔩 𝔪𝔢 𝔶𝔬𝔲𝔯𝔰 | finn wolfhard imagineOnde histórias criam vida. Descubra agora