the less i know the better

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— Você vai se encontrar com esse filho da puta e acabar com isso. — Wolfhard esbraveja. Ele está nervoso com a possibilidade de alguém estar me atacando por causa dele, o que eu não acho que seja o caso. — Eu vou estar com você, não vou sair do seu lado s/n.
— Eu não sei se é uma boa ideia. — tenho receio de acabar envolvendo Finn em meus problemas, não quero que nada aconteça com ele. O stalker deixou um endereço e o horário junto ao bilhete, me surpreendi ao ver que era uma lanchonete que eu costumava frequentar com meus pais quando era mais nova, não fazia ideia de que o lugar ainda estava de pé.
Eu também preciso me preocupar em ajudar minha amiga, ela precisa de apoio mais do que nunca e não posso deixá-la de lado por causa de um cara doentio. Acho que consigo pensar em algo até amanhã cedo.
— É uma boa ideia, não se preocupe. — ele entrelaça nossos dedos e sorri. Acho que nunca o vi tão lindo quanto ele está agora, suas sardas parecem constelações e seus cabelos negros se assemelham a uma tempestade, sem falar do seu olhar carinhoso e do seu sorriso fodidamente perfeito. — Eu quero estar com você no que precisar.
— Nossa, nunca imaginei que ouviria você proferindo algo fofo. — dou um selinho rápido nele.
— Argh, não estou sendo fofo! — caio na gargalhada com sua cara de quem comeu e não gostou. — Mas já que ganho uma recompensa por isso... poderia pelo menos me dar um beijo decente namorada?
— Vou pensar no seu caso, namorado. — sussurro em seu ouvido. Para nossa infelicidade Ethan adentra a sala em busca do filho, já me contentei com a ideia de que Finn não irá assistir à {seu filme favorito} hoje. Em compensação teríamos outro compromisso: um encontro com um estranho misterioso.
[...]
Já faz mais de vinte minutos que estamos esperando pelo stalker, já estou de saco cheio de todo esse joguinho e esperar por ele não é muito relaxante. Eu estou no meio de uma das piores crises de ansiedade que já tive, não consigo sentir o ar fluindo pelas minhas narinas, assim como não consigo coordenar minhas mãos trêmulas.
— Ei, olhe para mim s/n. — Finn segurou meu rosto com uma das mãos, consegui perceber sua preocupação com meu estado atual. — Vai ficar tudo bem, respire fundo.
Ele entrelaçou nossos dedos sem tirar seu olhar cuidadoso e preocupado de mim, inspiro e expiro repetidas vezes até conseguir domar minha respiração novamente.
— O-obrigada. — gaguejo olhando para baixo, eu detesto me sentir vulnerável como estou me sentindo agora.
— Vocês é a s/n? — a garçonete pergunta confusa, confirmo com a cabeça. — Uma pessoa deixou isso aqui para a senhorita.
Eu não acredito que ele me fez vir aqui para simplesmente não aparecer, e pior, deixar mais um dos seus bilhetes ridículos. Eu agora não estou aflita, estou com raiva.

"Não sei se estou pronto para isso...
Acredite se quiser, quanto você menos souber melhor. Mas não se preocupe, ainda estou com você ;) "

— FILHO DA PUTA! — amasso o recado e jogo-o na mesa. Não precisei erguer os olhos para saber que todos do estabelecimento estão olhando para mim.
Wolfhard abre o papel amassado e o lê, ele também fica frustado com nossa espera em vão.
— Já que estamos aqui, podemos pedir algo pra comer. — ele propõe acariciando minha bochecha.
— Você tá certo. — dou um sorriso fraco e pego o cardápio.

𝔠𝔞𝔩𝔩 𝔪𝔢 𝔶𝔬𝔲𝔯𝔰 | finn wolfhard imagineOnde histórias criam vida. Descubra agora