A LENDA DE BRESLAV, O RAIAR ENOCHIANO (BETA)

Capitulo 5: Almas Ascendentes.

A passos cuidadosos sobre os escombros das arvores sobre os pés da montanha, Lilith não tirava da cabeça a cena que havia presenciado, a luz ou energia, ou seja, lá o que fosse que Phillip emitiu naquele momento, ainda lhe apavorava, e ao mesmo tempo lhe causava curiosidade, deixando seus pensamentos vagos a partir da sua fala de compreensão.

Suas memorias do bondoso e cuidadoso pai que conheceu a vida inteira aviam sido abatidas pela cena que acabava de presenciar, fazendo-a pensar se seu pai apenas havia escondido de si mesmo e do mundo aquilo que ele fora criado para ser, e se o afastamento de si mesma seria para impedir ou retardar ao máximo que ela se tornasse o mesmo que ele foi, gerando a ela duvidas não apenas sobre seus antepassados mas também sobre si mesma, sem rumo e sem sentido, querendo apenas um novo caminho para poder trilhar e poder seguir em frente, pensando em seu treinamento acima de tudo para não ser mais tão dependente da bondade e auxilio das outras pessoas, principalmente de seu pai, que ela sentia não conhecer mais. Caminhando pela mesma trilha que Phillip fez para chegar a caverna eles já podiam ver a cidade se revelando entre as montanhas, Phillip auxiliava sua filha em sua caminhada devido a seu ferimento na perna enquanto Lucy ajudava Cedric que mesmo fraco continuava consciente desde a caverna, mesmo a passos lentos mantinham um ritmo constante, e a fadiga era grande mas o auxilio já estava a caminho, da cidade um grupo de "militares" que vinham a seu encontro e no meio deles Kersten a cavalo ao sua procura, aproximando-se deles com um olhar confiante.

- Então como foi o passeio, divertiram-se?

- É pode-se dizer que sim, a proposito depois teremos que ter uma conversa com Sam presente.

- Não vejo necessidade alguma,mas se a capital prefere assim, que assim seja.

- Entendo, vocês ai ajudem eles devemos leva-los a fortaleza e trata-los com os devidos cuidados.

- Sim senhor!

- Resolveu aparecer ate que enfim. - disse Phillip direcionando a palavra a Kersten

- È achei que gostariam de uma recepção calorosa, ou nesse caso fria devido ao clima.

- De acordo com o que vivenciamos a pouco, os ventos frigidos acabam sendo mais receptivos.

Sem demora os soldados logo se põem a ajudar Cedric e Lilith que estavam em pior estado, enquanto Phillip e Lucy montavam em cavalos extras que eles haviam trazido, em pouco tempo de viajem todos já estavam são, salvos e aquecidos na fortaleza da cidade do aço, com todos os devidos cuidados Cedric e Lilith foram colocados em seus quartos e tratados com os melhores médicos do pais, nos primeiros momentos Phillip não saia do lado de sua filha muito preocupado, enquanto Kersten mantinha sua calma confiando apenas nos relatos dos médicos em relação aos três jovens, Lucy não parava quieta no salão principal preocupada tanto com sua amiga quanto com aquele que a auxiliou nos momentos difíceis, a demora de noticias que não chegavam ate ela a deixava aflita ate que em um momento de irritação com tal situação, Lucy dirigia-se ao quarto de Cedric para verificar seu estado enquanto ele dormia,pois havia criado um grande apresso por ele após os ocorridos, pegando uma cadeira e sentando-se a certa distancia dele esperava que de certa forma sua presença fosse útil naquele momento, Cedric percebendo que alguém estava presente logo desperta olhando para o lado e se surpreendendo ao ver Lucy o observando.

- Como se sente.

- Vou viver.

- Precisa de algo?

- Pode fechar a janela e me dar aquele livro?

- O de capa preta com detalhes em dourado?

- Sim.

Enquanto Cedric abria seu livro acomodando-se na cama, Lucy fazia o que o mesmo tinha pedido em pouquíssimo tempo o silencio havia retornado a dominar o quarto, ao mesmo tempo Phillip sai do quarto de Lilith preocupado mas sem demonstrar sua irritação, pois a pesar de tudo ele tinha que manter a calma, sendo líder da capital e tendo tantos problemas não poderia ele se permitir no momento perder o controle, muito dependia de sua capacidade de centrar-se mesmo em suas turbulências internas.