Capítulo 6 - Realidade batendo a porta

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     GUILERME CLARK

Perigo...Perigo...Perigo.

O alarme do meu cérebro soa quando a vejo sorrir, sabe aqueles tipo de sorriso que contagia, que desperta e que dá para sentir a sensação de felicidade quase palpável? Pois é, Erika Smith tem o sorriso mais inocente e cativante que eu já vi, quando ela sorrir de maneira despreocupada e sincera, acendeu uma sensação nova em meu corpo que eu quero desesperadamente esquecer.

Erika é a última mulher na face da terra que desejo tocar, não que ela não seja linda, que seus longos cabelos negros não me cative, e seus lábios rosados me dá com oque pensar, pois ela é um exemplo de mulher que qualquer homem sonha, só que tem um detalhe importante.

Ela não é uma mulher! — mando esse recado para meu cérebro.

Ela é apenas uma menina que sofreu sabe-se lá quantos maltrados, uma garota traumatizada e que não confiar em ninguém, nem mesmo em mim, aquém deu a mão em um momento de dúvidas, eu sou o seu único porto Seguro no momento e como o homem que meus pais me criaram para ser, não devo me deixar levar por essas sensações que ela me desperta.

Eu não irei tocar nela, não importa oque aconteça, eu irei segurar na mão dessa jovem mulher e mostrarei a ela o mundo do qual foi privada de viver e quando ela conseguir soltar a minha mão e conseguir viver sozinha, eu a deixarei livre, livre para viver a sua vida e fazer suas escolhas e isso incluir nunca mais me ver.

Passo as mãos pelos os meus cabelos, soltando um suspiro de cansaço, eu já tinha muitas responsabilidades que eu conseguia lidar sem parecer exausto, mas agora é diferente, se trata de uma pessoa, uma menina sem família e traumatizada, que tem um longo caminho a percorrer.

Acho que tenho que contratar uma psicóloga para ela e talvez eu tenha que ir a um também, para que eu possa saber como lidar com ela sem deixa-lá assustada, falar alto a assustar, toca-la também. Definitivamente preciso ir a um também.

Tantas coisas que são necessárias para ela, talvez meu irmão poça me ajudar, afinal é casada com uma mulher que um dia passou pelo o inferno como a Erika, talvez a minha cunhada seja a melhor escolha para me ajudar com ela.

Isso, agora tenho que ir dormir, são quase duas da manhã  e amanhã tem duas reuniões no período da tarde e não posso cancelar.

Quando vou entrando no meu quarto escuto um grito vindo do quarto da Erika e me apresso para chegar ao mesmo, sentindo meu coração acelerado, coloco a mão na fechadura pensando que talvez eu tenha que procurar a cópia, mas para minha surpresa ela está apenas fechada sem ser com a chave.

Entro no quarto e levo um susto com a cena na minha frente, ela está totalmente imóvel deitada na cama, sua respiração acelerada e lágrimas descem pelo o seu rosto, mas ela não se mexe e apenas gritar antes de parar, como se estivesse se afogando.

Sem conseguir parar meus passos seguro ela pelos os ombros e a sacudo com calma e delicadeza.

— Erika...Erika. — Chamo pelo o seu nome e quando ela abre os olhos vermelhos e se afasta de mim se encolhendo na cama chorando, me deparo com a realidade batento na minha cara.

Superar seu passado não será nada fácil. Porque assim que as luzes se apagam e o sono vier, o seu passado a encontrar de novo e de novo, até que ela consiga lidar com ele como uma consequência de negligência dos seus pais e não como ela sendo a culpada, o passado dela não será fácil de superar, assim como eu demorei para esquecer que a culpa não foi minha.

Mas tudo vai ficar bem, eu a ajudarei a superar. O passado não pode ser apagado assim como as dores que ele estiveram, mas com o tempo, a dor será esquecida e será mais fácil conviver com ele enquanto vive o presente e planeja o futuro.

— Hey, olha para me Erika, você está segura agora e ninguém a fará mal, eu prometo. — ela levanta a cabeça dos joelhos e posso ver a incerta e que ela acha que estou mentindo estampado em seus olhos, sem desviar os olhos dos seus seguro sua mão firmamento. — Você vai descobrir que eu sempre cumpro com as minhas promessas, e eu prometo a você que ajudarei você a superar, e a protregerei. Essa não é uma promessa de um Clark. É a minha promessa a você.

         ERIKA SMITH

Correr era a única coisa que passava pela a minha cabeça, eu precisava fugir daquele lugar, precisar procurar o papai e implorar para que ele me deixe ficar com ele até eu ser grande, mesmo que ele tenha me olhando com desprezo, eu ainda continuo sendo sua filha isso deve servir de alguma coisa, ele tem  o dever de me amar e me proteger, não pode me deixar com aquela mulher, naquele lugar horrível, com aquele homem que me olha estranho.

Sim, o papai tem que cuidar de mim. Sendo assim tenho que conseguir correr, mas em que direção ficar a minha casa? Olhando para os lados não sabia em que direção ir, escutei aquele homem gritar meu nome e olhei para trás.

Ele corria atrás de mim, e então com medo, eu corro ainda mais rápido sem prestar atenção em que direção ir, seguindo apenas em frente, quando avisto uma ponte e ao fim dela tinha água muita água.

Olho para trás uma última vez e avisto que o homem se aproximar cada vez mais rápido de mim, sem pensar em nada eu pulo na água, se eu tiver que morrer que seja dentro dessa água azul, que eu seja levada pela a correnteza, que eu seja livre na próxima vida.

Sinto minha garganta arde e engulo muita água, fecho meus olhos desejando que minha vida acabe de uma vez e então minha consciência se esvai.

Fim de uma vida triste, solitária.

Escuto alguém chamando meu nome e abro os olhos chorando, a dor que sentir naquele dia ainda rasgar meu coração, logo que descobrir que meu pai nunca me quis e o destino que me aguardava. Sinto uma ardência na minha garganta e encaro homem a minha frente.

Ele parece completamente assustado, e eu me escolho chorando, ele agora sabe, não importa se já não estou naquele lugar, eu saí de lá, mas aquele lugar e as dores não me largaram.

Ele fala algumas palavras nas quais não acredito nenhum pouco, meu pai não me quis, a minha mãe também não, as pessoas que tinham o meu sangue e que deveriam me amar não me quiseram, porque um estranho iria me ajudar?

Ele segura minha mão, e sempre que o faz, aquela sensação fugaz me toma, a sensação de segurança, de está segura. Mas essa sensação talvez seja falsa, eu não sei nada da vida e não consigo confiar nas pessoas.

Mas por alguma razão, esse homem a minha frente parece está disposto a cuidar de mim.

E eu quero acreditar, só mais uma vez, só dessa vez, eu vou acreditar nesse homem, vou acreditar que ele realmente irá cuidar de mim e não me machucara, e só dessa vez, ele será minha grande aposta.

Ai gente, tadinha da Erika 💔

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Postado : 18/07/2020

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