Pra sempre meu amor!(GiRafa)

Palavras não serão suficiente!

Pov Gizelly.

Cheguei em casa, estacionei o meu carro na garagem, estava tremendo de frio, tirei minhas coisas de dentro do carro e corri para meu quarto.

Meus dedos estavam enrugados, meus lábios estavam roxos por conta do frio e ainda sim podia sentir o gosto dela em minha boca.

Liguei o chuveiro deixei a água ficar quentinha e entrei, água percorria meu corpo e eu deixei me levar em pensamentos. Lembrei o quão maravilhosa foi aquele sábado. Rafa me faz tão bem, como a muito tempo não me sentia, nem quando.... Nem quando tava com Marcela. Era um sentimento que ultrapassa a amizade, é diferente do que eu sinto dos meus amigos.

Eu devo tá gostando sim dela!- pensei alto.

Agora como não gosta daquela garota, ela linda, inteligente, educada e beija bem. Sorri com a lembrança daquele beijo. Ela tá fazendo eu quebrar a minha barreira sem ao menos perceber.

Acabei o banho, sai do quarto enrolada em uma toalha e enxugando o cabelo.

Peguei o celular, enviei uma mensagem pra ela avisando que tinha chegado em casa e que tava tudo bem. Não demorou muito pra que ela me respondesse.

~mensagem on~

Rafaella: fiquei preocupada, demorou.

Gizelly: desculpa tava tremendo de frio, corri pro banho quente.

Rafaella: fiz o mesmo, minha mãe tá preparando uma sopa pra aquecer mais ainda.

Gizelly: mas tarde vou preparar um chocolate bem quente.

Rafaella: vai logo, precisa esquentar-se mais.

Gizelly: daqui a pouco.

Rafaella: Obrigada por hoje. Esses dois dias foram maravilhosos graças a você.

Gizelly: Eu que agradeço, sua companhia é perfeita. Você é perfeita.

Rafaella: Olha quem fala né. E para com tanto elogio eu fico sem graça.

Gizelly: Já deveria ter acostumado com elogios, você deve receber sempre.

Rafaella: Não tantos.

Gizelly: Acostume-se bebê.

Rafaella: Você é fofa demais.

Gizelly : shhshshhss as vezes. Quando quero agradar. Outra parte do tempo sou meio bruta.

Rafaella: Então quer dizer que tá querendo me agradar?

Gizelly: Culpada, eu me rendo.

Rafaella: boba.

Gizelly: Por você, estou ficando cada vez mais boba.

Rafaella: Aí Gi!

Gizelly: Saudades da sua boca!

Rafaella: Só da boca?

Gizelly: E da dona dela também.

Rafaella: Eu não imaginei que beijaria uma mulher. Mas se eu soubesse que era tão bom já teria beijado.

Gizelly: Ainda bem que não tinha e que eu fui a primeira.

Gizelly: Seus pais, eles talvez ficarão chateados, você vai contar a eles?

Rafaella: Não vou contar.

Gizelly: Entendo, você é hetero né e eles talvez não irão gostar.

Rafaella: Primeiro depois daquele beijo, tenho certeza de que o que não sou é hétero. Segundo não vou contar pra não ficarem me enchendo, até porque hoje pela manhã eles encheram meu saco falando de você. Acho que talvez eles já previam isso.

Rafaella: Eles são super cabeça aberta.

Gizelly: Nossa que legal, eu tava com medo da reação deles.

Rafaella: Hoje pela manhã também estava apreensiva, mas eles reagiram super bem em saber da sua sexualidade e ficaram com indiretas.

Gizelly: Indiretas?

Rafaella: Talvez eles já sabiam que nós duas estávamos próximos demais.

Gizelly: Minha mãe também não para de falar de você.

Rafaella: Melhor não falarmos nada ainda.

Gizelly: Concordo

Rafaella: E pra Manu?

Gizelly: Ela vai surtar. Bianca então. Ela antes de ir ficou buzinando em meu ouvido pra te beijar.

Rafaella: Quer dizer que me beijo por pressão?

Gizelly: Não né, te beijei por que você é maravilhosa.

Rafaella: Sei...

Gizelly: Sério Rafinha... Desde que eu ti vi, algo mudou sabe, um dia eu vou tentar te explicar. Agora não sei quais palavras usar.

Rafaella: Relaxa Gi, sei o que você tá sentindo.

Rafaella: Palavras não serão suficientes para descrever tudo isso que está acontecendo.

Gizelly: Bem assim.

As duas não sabiam explicar o que cada uma estava sentindo. Mas sabiam que esse sentimento era bom, gostoso de sentir.

A única certeza é que elas queriam se entregar uma a outra, existe o medo de ambas, uma por ser uma experiência nova e a outra por já ter sido muito machucada.

Mas estavam felizes mesmo com esse medo, elas sorriam em cada mensagem trocadas. Não viam a hora de estarem juntas novamente.

A única certeza é de que uma estava fazendo bem a outra.