escola

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Voice Lua 08:20 am/ escola

Se passou um mês, o mês que tiramos de férias, e teve muita coisa até lá. uma delas era que eu assumi meu pré-namoro com o Luiz. Sim aquele que todos detestavam, ele é um cara legal, mais tem atitudes não muito agradáveis, de certa forma.

- vamos a escola? Ou vai ficar jogando esse jogo sem sentido, e vai se atrasar? - pergunto para meu " namorado", que não retirava a atenção da tela da televisão. Era um jogo de guerra, talvez eu não sabia diferenciar, uma diversão, com controles. Ou era coisa de nerd, que arranja uma namorada rica, para dizer para seus amigos, como é foda.

- eu já vou, só falta acabar com aquele cara lá, tá vendo? O da esquerda no alto do prédio? - dizia ele, tentando me mostrar, mais eu não enxergava nada.

- vamos, agora Luiz, estou sem a porra da paciência - disse tão alto, que ele em um instante desliga o vídeo game, e fica parado em minha frente.

- ok, já desliguei, vem vamos - ele me dá um selinho, e pega sua mochila, e passa por mim.

Sou tão idiota, por namorar um nerd? Joguei pedra na cruz, ou na casa do satanás?

Sai do quarto do imbecil, dei tchau para suas colegas de casa, e  sai em direção ao meu carro. Entrei e esperei o idiota entrar, que mordia uma maçã vermelha. O caminho até a escola, foi tranquilo, ele ao menos nem conversou comigo, era um relacionamento tóxico, ele nem conversava mais comigo, e ele tinha alguns problemas de saúde, como ASMA.

Estacionei o carro, em uma das vagas livres, e o mesmo desce e fica dizendo algo sem sentindo, sobre eu ter estacionado, em uma vaga para deficientes. Droga. Desci para ver, e realmente estava, mais nem ligava para isso. Peguei minha mochila, e fechei meu carro, e o idiota ainda reclamava.

- cala a porra da boca, Luiz - disse tão alto, que ele me olhava com os olhos arregalados. - se você está achando errado, pega a porra da chave do carro, e tira da merda da vaga, mais não enche minha cabeça cacete - gritei, e joguei a chave nele. Sai caminhando, sem ouvir ele dizer nada.

Pisava pesado sobre o chão, com a raiva que me subiu. Ele era tão insuportável as vezes. Aliás ele era assim desde que começou a ter problemas com a irmã. Que nem era realmente de sangue, era adotada. Quando cheguei no corredor das salas, avistei meu melhor amigo, com um roxo no olho, o que será, que aconteceu com ele? João passou por mim, como se nem me conhecesse, deixei de lado, e segui para minha sala.

A primeira aula, era de matemática, mais era difícil. Puxei assunto com Rick, que mexia no celular, enquanto me ouvia. E do nada, o professor parou a explicação irritante, e gritou nossos nomes, para a sala toda.

- Luana e Rick, querem compartilhar o assunto de vocês, para a sala?

- eu acho, que não professor

- eu insisto, digam para a turma, o que tanto falam, na minha aula....

- era sobre, a aula professor - Rick se pronuncia, tentando se explicar.

- então, me digam a resposta dessa raiz quadrada - o professor batia na lousa e olhava feio para nós dois.

- 18? - o professor, passa a mão sobre o rosto e respira fundo.

- não, Luana é 36, agora vi que não prestam atenção, em nenhuma aula, isto era um exemplo, que óbviamemte não se deram conta, por que o assunto não era a respeito da matéria. Os dois estão de detenção - disse ele bravo, e cruzem os braços com raiva.

Que merda, só faço merda na porra da minha vida....

Voice Malu 08:41 am

As férias foram ótimas, tirando meu término com o João Luccas. Ele bebia, e estava quase ficando paranóico. Os motivos eram " eu sou um homem, mais não tenho dinheiro, para mim mesmo". O pai dele, sobrecarregou ele, e assim ele começou a se martilizar com o erro do próprio pai.

E para piorar, minha irmã estava mega enjoada, poderia vir algo disso, como "gravidez".  Mas ela disse com todas as letras, que ainda era Virgem, e o Paulo estava tendo calma. Ela poderia estar assim, por causa dos remédios da ansiedade, que adquiriu a pouco tempo. Com o lance da empresa dela, tudo piorava cada vez mais. Tenho pena da minha irmã.

Já estávamos na sala, ouvindo a explicação da professora de português. Era a única matéria, que eu tirava uma nota " razoável". Era uma apresentação de um livro, não que eu não quisesse, mais era complicado eu ler, um livro com 230 páginas.

- ei, Malu - alguém diz meu nome baixo, e me Viro para ver, mas era só a gege, com a cabeça sobre seus braços, ainda mal. - oi, então você está bem? Queria te convidar para sei lá, fazer o trabalho junto, que tal? - Enzo era o dono da voz, quase rouca que pedia, para mim fazer o trabalho com ele.

Por que, justo eu???

- Ah, não vai dar, vou fazer com a minha irmã, mais obrigada - disse e minha irmã, diz que não iria fazer, por que já estava passada.

- então?

- tudo bem, começamos amanhã?

- hoje pode ser? Não vou ter compromisso, mais se você tiver, podemos fazer amanhã.

- amanhã então, está combinado - disse tão gentil, que estranhei. Não que o Enzo fosse feio, ele era bonito, era inteligente, jogava futebol americano. Tinha um jeito de nerd, e tinha olhos verdes lindos, aliás ele tinha uma pele macia, e morena pelo sol, que pegava todas as quartas dos treinos.

Obviamente já tive uma paixonite por ele. Uma stalker profissional, que sabia até a hora do término dos treinos. Era difícil lidar com o jeito dele, com as pessoas, ele era tímido, poderia ter várias meninas, mas nunca vi ele com alguém. Era estranho, um jogar de futebol não ter Nunca uma namorada. Ou....droga será que ele é gay??

Afastei esses pensamentos, e ouvi o sinal tocar. Era a hora do recreio, corri para o refeitório e encontrei minha irmã, que havia sumido enquanto eu conversava com Enzo. Ela estava mais branca do que já era, isso era sim horrível.

- ei, irmãzinha, quer algo ? - Perguntei e ela balança a cabeça em afirmação.

- suco de maçã....

- tá bom, já volto

Sai em direção a enorme fila, para pegar algo para a gente. E observei Enzo de longe me olhando, e sorrindo. Ele realmente era estranho, seus olhos estavam agora em seus amigos. E eu estava esperando na fila, que nunca acabava.

Quando finalmente chegou minha vez, peguei o suco de maçã, uma garrafa de água e batatas fritas. Era coisa só minha, esse lance de comer fritura pela manhã. Caminhei até a mesa onde, minha irmã estava debruçada, e balancei ela.

- aí, peguei seu suco, está me devendo 15 dólares

- não enche, são só 15 dólares, sua chata...

- faz falta 15 dólares na minha mesada, você que é a poderosa aqui, lembra?

- deixa eu raciocinar, Maria Luiza - disse ela pegando o canudo de vidro, e colocando na caixinha de cor amarela com uma enorme maçã, em seu redor.

- vai, toma isso aí, e não enche minha paciência.... - digo com batata frita entre minhas mãos.

Continua....

Espero que estejam gostando, pois vou voltar a escrever novamente, obrigada...

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