Ser mãe ia muito além de limpar e alimentar, como Sara logo descobriu. As coisas nem sempre iam como o planejado e elas tinham que improvisar e dar um jeito, e meio que dava tudo certo no fim. Sua casa era cheia de lembranças, havia fotos das meninas crescendo por todo lado e marcações da altura de cada uma delas na porta da cozinha.
Elas se mudaram para um subúrbio tranquilo quando as meninas começaram a andar, principalmente porque Ava alegou que precisavam de espaço para gastar toda a energia que haviam herdado de Sara. Bem, essa parte era verdade. E sua esposa, que não tinha memórias reais da infância, criava novas incríveis ao lado das filhas e Sara adorava assitir cada interação delas.
Alice era impetuosa, sempre tentando escalar os móveis ou em busca de alguma emoção, o que fez Sara desenvolver, não literalmente, olhos atrás do pescoço para vigiá-la. A própria Sara nunca foi uma criança quieta, sempre estava se metendo em algo perigoso ou escalando árvores com Laurel em uma competição de velocidade, o que lhe rendeu muitos joelhos ralados e alguns braços quebrados; ela teve certeza que estava pagando tudo o que fez com os pais com Alice, principalmente ao sentir o coração saindo do peito ao atender uma ligação da professora avisando que a menina partira a sobrancelha depois de tentar escalar a estante da sala de aula.
Ava e Sara encontraram as filhas de mãos dadas, Belle ainda soluçava sentida enquanto Alice (que tinha a testa pressionada por um pano embebido em sangue pela professora) apenas as olhou como se dissesse: ok, aconteceu.
Alice levou quatro pontos e ganhou uma pequena cicatriz. Belle continuou soluçando até que Ava a abraçou e garantiu que estava tudo bem.
Belle era doce, sentimental e totalmente um “grudinho” com Ava. Às vezes ela se aconchegava em Sara, mas bastava que Ava aparecesse na sala para que sua lealdade fosse testada. Sara não se importava, ela gostava de vê-las juntas e como a filha fazia as expressões e caretas mais fofas apenas como Ava fazia.
Claro, o coração gigante da filha a fazia causar alguns pequenos contratempos. Sara perdeu a conta de quantos filhotes de gatos e cachorros Belle trouxe para casa aos prantos, e quantas lágrimas mais foram derramadas ao levarem o bichinho para algum abrigo de animais.
Suas meninas eram tão diferentes e ainda assim se completavam perfeitamente, era difícil vê-las separadas e estavam sempre de mãos dadas.
Aos cinco anos elas resolveram que queriam uma festa a fantasia e, depois de muita discussão, Ava acabou concordando. Sara tentou não influenciar as filhas, mas mentiria se dissesse que não estava orgulhosa quando Alice bradou que queria uma fantasia de Canário Branco como a dela. No entanto, ao surpreender suas mães que juravam que Belle gostaria de ser uma princesa, a menina queria ser a canário negro como a madrinha porque ela era a mais legal.
Sara, Dinah e Laurel (da terra 1) tentaram não se ofender com isso.
Enquanto Alice e Zari passavam horas jogando videogame e se entupindo de doces, Belle e Laurel (da terra 2) gastavam seu tempo lendo. Isso até Sara e Ava descobrirem que a vigilante estava ensinando a afilhada a de defender.
As lendas também cresceram, é claro.
Zari e Charlie se acertaram, finalmente, e depois de casadas acabaram adotando dois irmãos gêmeos da mesma idade das meninas, Lorcan e Adrianna.
Nora e Ray tinham três filhos: Claire, Flynn e Damien.
John estava por aí e Mick estabeleceu laços com a filha, Lita.
Eventualmente, é claro, as gêmeas cresceram e se pareciam mais com mulheres do que com meninas, mesmo que sempre fossem crianças aos olhos das mães. Alice era extrovertida, Belle era mais reservada e fora algumas pequenas discussões, as duas continuavam unidas.
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Amor... Surpresa! (Fanfic Avalance)
Fiksi PenggemarAva tem notícias emocionantes que não sabe como compartilhar com a namorada. Postada originalmente no: https://www.spiritfanfiction.com/perfil/arwen_nyah