Capítulo 4

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Já eram 11:30 da noite quando eu, Valerie, Florence, Emma e Greg nos separamos. Essa foi uma das melhores noites que eu já tive, essas garotas são muito engraçadas, ainda mais a Florence com a história que ela quebrou o vaso sanitário da escola.

— Cara..., essas garotas são perfeitas — Greg fala e me entrega o capacete. Ele se ofereceu para me levar pra casa.

— Sim... — coloco o capacete azul na cabeça e meu baixo nas costas — Será que nós vamos vê -las outra vez?

— Tomara. Ainda mais aquela Daiana. — meu amigo começa a dirigir e me lembro de quem é Daiana, a menina do colar de flores.

O resto do caminho é silencioso, nós dois estamos cansados e com muito sono, tomara que Greg não durma no meio do caminho. Chegamos na porta da minha casa e eu a olho por alguns minutos, tomara que quando meu pai chegar eu esteja dormindo.

— Valeu pela carona Greg. — entrego o capacete à ele.

— Não foi nada, tchau. — ele olha por alguns minutos para a casa vizinha e ri — Se você conseguir dormir.

Greg vai embora antes que eu pergunte. Pulo quando um som alto começa a tocar, me viro para ver o que é e vejo Leigh (provavelmente bêbado) com a roupa do seu time de lacrosse e uma caixa de música na mão.

Percebo que é uma festa. Cheia de caras bêbados e drogados do time de lacrosse; o som aumenta mais quando um dos garotos resolve se jogar do segundo andar da casa.

— Vai logo seu filho da mãe! — Leigh grita pro coitado.

O garoto, que parece recuperar sua sobriedade, arregala os olhos e mexe a cabeça em sinal negativo. Do chão até a janela deve ter uns 8 metros, penso.

— Vai logo seu veado! — meu vizinho grita de novo. O garoto toma coragem e pula.

Arregalo os olhos com aquela cena, por mais que não fosse tão alto, o garoto deve ter quebrado uma perna ou o braço.

Corro até lá e o vejo gemendo de dor. Ele não vai gritar, se não todos o vão chamar de fracote.

— Você tá bem? — pergunto.

— Eu pareço bem!? — ele grita, colocando a mão nas duas pernas.

— Eu vou chamar uma ambulância, espera aí. — pego meu celular e disco os número.

— Por favor não, eles vão me zuar pro resto da vida! — o garoto começa a chorar.

— E o que quer que eu faça!? — perco a paciência e penso em deixar ele ali debaixo da moita.

— Me ajuda a me sentar — o garoto começa a se levantar.

Eu o ajudo e fico parado esperando ele falar algo.

— Obrigado, meu nome é Adrian. — ele sorri.

— Keith. Agora eu posso chamar a ambulância?

— Chama logo, eu não vou jogar por uns bons meses. — Adrian fala, triste.

Chamo a ambulância e o levo para a calçada. Adrian se joga no chão e espera até o veículo chegar.

— Eu tenho que ir agora, tchau — me despeço dele.

— Obrigado mais uma vez cara. — Adrian sorri e deita a cabeça mais uma vez.

Vou para casa sabendo que só vou dormir quanto Leigh desligar o som, o que será um pouco tarde. Tomara que algum vizinho chame a polícia.

Entro em casa e vejo que Hank não está. Ah é, a festa. Subo para o meu quarto e só consigo dormir quando ouço a sirene da polícia e os gritos dos garotos.

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Eu não gosto de acordar no chão, mas eu não tenho escolha; primeiro porque eu não sinto caindo da cama e segundo não acordo quando caio.

Suspiro quando vejo que o carro do meu pai está na garagem. Ele deve estar dormindo agora e só vai acordar uma hora da tarde, então até lá estou livre dele.

Meu humor está bem melhor hoje, acordar sabendo que Leigh se deu mal é a melhor sensação do mundo. Arrumo a cozinha e coloco o lixo pra fora.

— Olha que está aqui, o garoto que ferrou com a minha festa. — Leigh fala se aproximando da lata de lixo.

— O que você quer? — pergunto sem paciência.

— Você estragou a minha festa, então vai ter troco.

— Eu não fiz nada — me faço de desentendido.

— Ah fez sim. Chamou a droga da ambulância para o retardado do Adrian...

— E...?

— E acontece que ela chamou a polícia quando viu tudo. — o rosto dele está vermelho igual a um tomate.

— Eu não ligo para os seus problemas de rico. — dou as costas pra ele.

— Seu safado de merda! — Leigh grita.

Levanto o dedo do meio pra ele e bato a porta com força, me arrependendo bem na hora. Tomara que meu pai não tenha acordado.

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