Épilogue • Tropiques

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"Se eu dissesse que te amei, diga-me, o que você diria? Se eu dissesse que te odiei, você iria embora?"

|Trópicos|

|Epílogo|

5 anos depois...

Era uma noite quente nos trópicos, as ondas do mar iam e vinham em um som acolhedor, Rose gostava daquele som tanto que a noite estava sendo mais rápida que o esperado e quando se deu conta das horas já se passava das 23:40.

É claro que a bebida teria ajudado um pouco, ela teria aproveitado já que nunca teria ido a um luau* antes, e estava amando toda a energia que a festa trazia, o som das ondas do mar, a música boa, o céu levemente estrelado e tudo mais.

Ela teria se mudado para Paris, teria aberto uma clínica veterinária junto a uma amiga de faculdade e se divorciado do seu marido que nunca teria amado de verdade, mas seu paradeiro era incerto pois sempre estava atrás de novas aventuras.

Estava sozinha - ao menos era o que aparentava e o que algund vizinhos fofoqueiros de seu prédio diziam - mas estava satisfeita com sua vida, tinha conquistado muitas coisas e realizado a maior parte de seus sonhos e teria decidido viajar novamente para Marselha e participar do luau.

Estava feliz, apesar de tudo que diziam ou de tudo que ainda atormentava sua mente. Ela estava na praia e sequer sabia o que o destino ainda lhe preparava naquela noite.

Em meio a músicas de The Neighboorhoud que tocava alto – a pedido da própria. – preenchendo o lugar ao ar livre, ali no meio da multidão que dançava e cantava em sons estridentes segurando copos de cerveja e outros tipos de bebidas alcoólicas, havia um rapaz que era conhecido o suficiente pela garota.

O rapaz com um bigode por fazer, usava uma camisa preta da série The Big Bang Theory e uma jaqueta jeans surrada, tinha mais a dizer e emanar do que apenas a imagem de um homem com seus pouco mais de 30 anos de idade com gostos diversos para séries e músicas.

— Nome? - um segurança que estava em uma entrada emprovisada feita com uma linha e alguns adornos decorativos perguntou impedindo a passagem de Max que franziu o cenho quase irritado.

— Está aí. - retrucou apontando para o seu documento de indentificação que já estava nas mãos do homem de estatura alta.

Max teria saído por alguns minutos para deixar Jean, seu melhor amigo no aeroporto e teria deixado sua carteira de identificação para conseguir entrar mais rápido quando voltasse, porém não teria dado muito certo.

— Seu nome, senhor. - repetiu em um tom autoritário.

— Maxismus Sunlis. - espiou por cima do ombro do outro afim de voltar logo para a festa.

O homem de expressão carrancuda assentiu permitindo a entrada do rapaz que desviou sua atenção para o local cheio, os olhos acastanhados percorreram entre as pessoas de diferentes rostos que sorriam enquanto dançavam, por um momento ele fechou os olhos para desfrutar com mais deleite a melodia que tocava com fervor e seguiu até a barraca grande que servia bebidas se acomodando e pediu uma garrafa de vodka para um garçom de bochechas perfeitamente arredondadas.

— Me veja um copo de vinho. - a voz feminina mais uma vez reconhecida pelo rapaz sem que precisasse olhar para o rosto da mesma emanou.

Ele ergueu os olhos apenas para ter certeza que era a garota que ainda vagava na sua mente vez ou outra, porém, sem mágoas daquela vez. Ele a  teria perdoado e perdoado a si próprio, as lembranças que possuía da garota vagavam em sua mente de uma forma mais doce e menos dolorosa. Daquela vez, ele sorriu ao encarar o rosto em formato de morango da garota e ela substituiu a expressão surpresa e quase tímida por um leve sorriso também.

4h in TranslationOnde histórias criam vida. Descubra agora