Kyungsoo mal podia acreditar no que lia. Se sentiu eufórico demais ao reler a mensagem deixada pelo escritor favorito, o sorriso não deixava seu rosto em momento algum, até mesmo quando estava escolhendo o pijama que colocaria após o banho.
— Kyung, por que está demorando? — Perguntou Chanyeol ao ver o amigo parado na porta do quarto.
— Nada. Estou indo pro banho.
— Nada... Se nada te deixasse tão feliz assim...
— Você não vai pra casa, não?
— Por enquanto não. Vou passar a noite aqui de novo.
— Você nem pergunta mais se pode...
— E precisa? Você me ofertou morar aqui!
— Mas você ainda não aceitou!
— Vai tomar seu banho logo!
— Estou indo!
Por mais que eles adorassem se provocar daquela forma, jamais brigariam de verdade, afinal, Kyungsoo gostava de ter o amigo por perto. Gostava das palhaçadas, das conversas jogadas fora, das comilanças, dos conselhos desajeitados... Gostava genuinamente de Chanyeol do jeitinho que ele era, mesmo tão destrambelhado.
Naquela noite, ficaram até tarde conversando e relembrando de tudo o que fizeram durante o dia e de como foi o encontro com Jongin e o inesperado pedido de ajuda de Baekhyun. Passaram horas e horas conversando sobre o possível futuro e a possível mudança de Chanyeol para o apartamento grande do estudante de letras.
Contudo, Kyungsoo, no calor do momento com o amigo, esqueceu de mandar mensagem para o escritor antes de dormir. Como era sua folga no dia seguinte, decidiu que mandaria mensagem assim que acordasse.
Já Jongin esperou pela mensagem quase a noite toda. Não conseguia dormir tamanha felicidade de ter conhecido alguém bom e tão paciente consigo como Kyungsoo fora naquela noite. Não queria perder contato com o outro, pois gostou muito da companhia e queria vê-lo mais vezes, afinal, Junmyeon, seu agente, não estava tendo tempo para si naqueles últimos dias, então ele se sentia mais só do que o comum.
Foi dormir tarde, pois não queria largar do celular, apenas esperando o número do outro aparecer com uma mensagem simples que fosse. Quando acordou, notou o aparelho mais uma vez sem bateria, então o colocou no carregador e foi tomar banho.
Naquela manhã, a esperança já estava baixa e ele já não estava tão ansioso para conversar com o estudante tão cedo. Sequer tinha visto a hora de quando se levantou. Fez toda a sua higiene, ligou o computador e fez seu café, como sempre fazia e, só então decidiu ligar o aparelho já quase todo carregado.
— Eu não deveria ficar no celular... — Pensou o escritor ao se lembrar do prazo para entregar mais cinco capítulos de seu livro. — Mas dar uma olhada não vai me matar... Junmyeon hyung pode estar precisando de mim.
E, então, após se convencer de que precisava olhar o celular, ligou o aparelho e esperou que todas as notificações carregassem para que pudesse dar uma olhada em cada uma delas. O coração a mil pela ansiedade e expectativa que criara sem nem perceber.
Ao tempo que esperava, tomava seu café e abria o arquivo do novo romance que escrevia, para ver se naquele dia conseguiria escrever alguma coisa. Já fazia alguns dias que não conseguia ir para frente na história e estava começando a se preocupar com os prazos que lhe eram estipulados. Sabia que era comum ter um bloqueio por alguns dias, mas não tinha ideia de que poderia durar por mais de uma semana.
Jongin suspirou ao ler o último parágrafo que tinha escrito. Não lhe vinha nenhuma continuação em mente, muito menos via saída em apagar e refazer o capítulo, pois já seria a quinta vez que o faria e estava cansado demais para reescrever os pontos que queria que estivessem naquele capítulo.
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Amores de romance
RomanceJongin era um famoso escritor de romances. Reconhecido internacionalmente pelos seus romances que abrangiam tanto casais hétero, como homossexuais, ele mesmo não tinha tido um romance que balançasse seu próprio coração em todos aqueles anos. Ele son...