Os petiscos não duraram até o fim do filme, já que os dois estavam tão atentos ao mesmo que apenas pegavam o que viam pela frente para mastigar enquanto eram entretidos pelo romance na tela.
Claro que os carinhos não faltaram entre os dois durante a trama. Era um filme com um final feliz, então tiveram muitas cenas que os incitaram a acariciar um ao outro e até mesmo colocar nachos na boca um do outro. Tinham sorte de que outras pessoas não podiam vê-los facilmente.
Ao terminar, Kyungsoo notou as poucas lágrimas nos olhos de Jongin. Também estava emocionado com o fim do filme, mas não chegou a chorar, achou que não chegava a tanto, mas vendo Jongin, notou o quão sensível o amado era. Até mesmo limpou as lágrimas dele e deu um beijo em cada olho antes de se levantarem para sair da sala.
— Tem um lixo ali, Nini. — Disse Kyung, já indo em direção ao mesmo, para deixar todo o lixo que juntaram.
— Claro.
— Tudo bem?
— Tudo bem, Soo. Acho que estou ainda impressionado com o filme. Foi tão bonito.
— Foi mesmo, você até chorou.
— Eu não consigo me controlar, sou muito manteiga derretida. — Disse o escritor, sem medo do julgamento do outro.
— É por isso que seus romances são tão bons. — Elogiou. — Para onde vamos agora?
— Podemos ir para a minha casa, o que acha? É sexta-feira.
— Vou mandar mensagem para o Chan, perguntar se ele está bem e então podemos ir.
— Nós podemos ir para a sua casa também. Acha que ele se animaria?
— Não sei, Nini. Quando Chanyeol está triste, ele tende a se fechar no quarto e não falar com ninguém, sabe? É uma mania que ele pegou desde que os pais nunca deram atenção para as crises de identidade que ele teve na adolescência, enquanto se descobria.
— Ah... Eu entendo bem, Soo. Fale com ele, então. Se ele quiser nossa presença, vamos até lá, caso contrário, vamos para o meu apartamento e eu te devolvo mais tarde.
— Tudo bem, então vamos para o carro?
— Vamos. Precisa ir ao banheiro ou em algum outro lugar?
— Não, eu estou bem, Nini. Você precisa de alguma coisa?
— Vou ao banheiro, Soo. É rapidinho.
— Tudo bem. Eu te espero aqui, pode ser? — O escritor apenas afirmou e entrou no banheiro masculino, antes de levar o pretendente para casa. Ainda queria passar mais tempo com ele e mostrar o que estava escrevendo, para que ele aprovasse.
Enquanto o outro se aliviava, Kyungsoo ligava para o amigo, para saber se estava tudo bem e se ele já tinha falado com Baekhyun ou se tinha desistido da ideia. Sabia como o amigo era e pensava que ele poderia estar remoendo tudo, tanto quanto poderia já ter conversado com Baekhyun e resolvido as coisas.
— Soo?
— Oi, grandão, como você está?
— Indo me deitar. Está tudo bem por ai?
— Sim, acabamos de sair da sala de cinema e eu queria saber como você está.
— Estou bem, Soo, não se preocupe. Amanhã vou me encontrar com Baekhyun e vamos esclarecer as coisas. Marquei com ele no fliperama perto de casa, então se tudo der errado, você me mima até eu esquecer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amores de romance
RomanceJongin era um famoso escritor de romances. Reconhecido internacionalmente pelos seus romances que abrangiam tanto casais hétero, como homossexuais, ele mesmo não tinha tido um romance que balançasse seu próprio coração em todos aqueles anos. Ele son...