Majestade.
Curvo-me a ti.
Em completa adoração.
Serei a sua mais fiel serva.
Serei a sua escrava.
Sofrida escravidão.
Sinto correntes fecharem em meus pulsos.
Ouço o som dos chicotes estralando.
O que será de mim se for liberta?
Eu, cega.
Ando sem ver o rumo ou direção.
Não sei quem me bate e quem me governa.
Não sei dizer quem me ama e quem um dia me amou.
Eu, sua escrava.
Não almejo a liberdade.
Eu a temo.
Prefiro a minha prisão.
A minha sentença.
O que eu chamo de lar.
Meu habitat natural.
Submissa aos seus pés.
Debaixo do seu trono.
Satisfaço-me com a sua estima.
Ó minha rainha.
Não rejeite a sua serva.
Onde tu for, irei.
Onde tu estiver, estarei.
E onde morrer, assim também será de mim.
Eu escolhi isso e irie até o fim.
Eu lhe invoquei.
E você, com sua terrível grandeza.
Veio me consolar.
Temo em deixa-la.
E sei que um dia a deixarei.
Vou esperar e contar os segundos.
Pela volta da sua essência ao meu corpo.
E meu ser guardarei.
- Lady Mont...

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A Utopia da Dor
PoesíaUma sequência de poesias e lástimas de um coração gelado. Mesmo que pareça pessimista, mostra um pensamento positivamente deprimente em relação a dor e tudo o que nos cerca. Os poemas são de autoria da lady Mont... que é o nome que batizei ao meu s...