Fome I

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Como um gato vira-lata.

Eu ando sem chinelo.

Eu ando nos becos.

Eu ando assombrada.

Marco o meu território.

Para que ninguém ouse roubar.

Eu ando sozinha.

Mas quando a minha amiga Lua aparece.

Tudo se torna tão escuro quanto o meu pelo.

Outros gatos despertam.

E não estou mais só.

Se me desse um pedaço de peixe.

Caro humano.

Eu comeria e cairia fora.

Estou faminta, morta de fome.

E correr depois que como me apetece.

Mata aquela vontade de me rasgar.

Com as minhas unhas de predador.

Mata aquele sentimento de culpa.

De ser um gato como eu.

Nojenta é a minha raça.

E por isso ninguém me quer.

Lady Mont...

A Utopia da DorOnde histórias criam vida. Descubra agora