Como um gato vira-lata.
Eu ando sem chinelo.
Eu ando nos becos.
Eu ando assombrada.
Marco o meu território.
Para que ninguém ouse roubar.
Eu ando sozinha.
Mas quando a minha amiga Lua aparece.
Tudo se torna tão escuro quanto o meu pelo.
Outros gatos despertam.
E não estou mais só.
Se me desse um pedaço de peixe.
Caro humano.
Eu comeria e cairia fora.
Estou faminta, morta de fome.
E correr depois que como me apetece.
Mata aquela vontade de me rasgar.
Com as minhas unhas de predador.
Mata aquele sentimento de culpa.
De ser um gato como eu.
Nojenta é a minha raça.
E por isso ninguém me quer.
Lady Mont...
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A Utopia da Dor
PoetryUma sequência de poesias e lástimas de um coração gelado. Mesmo que pareça pessimista, mostra um pensamento positivamente deprimente em relação a dor e tudo o que nos cerca. Os poemas são de autoria da lady Mont... que é o nome que batizei ao meu s...