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Algo continuava se revirando em seu estômago. Mas agora não era doce e açucarado, era gelado e amargo, como chocolate de café. No começo tinha um gosto doce, mas então o gosto maduro do café começa a se misturar. Isso fez Taehyung sentir vontade de vomitar.

O mais rápido possível, ele pagou a bebida que nem sequer terminou e correu para casa. Quando alcançou a porta de seu pequeno apartamento, ele estava ofegante e traços salgados e secos de lágrimas ainda estavam presentes em suas bochechas coradas.

Sem lavar suas mãos, completamente vestido, Tae caiu em sua cama e enterrou o rosto na barriguinha macia de Yeontan. Se tivesse um papai, ele definitivamente seria repreendido. Mas Tae não tinha um papai. Esse era o problema e a origem de suas lágrimas.

Ele rolou de costas, braços e pernas esticados o mais longe possível do corpo, então parecia com uma estrela do mar. Lentamente, correu seus dedos pelas rugas dos lençóis e encarou seu teto cheio de estrelas.

Tae havia ficado tão feliz quando colara as estrelas de plástico no teto, enquanto balançava numa pequena escada que oscilava perigosamente, Yeontan silenciosamente julgando suas ações.

Quão animador o pensamento de ser capaz de ver as estrelas brilharem de noite havia sido. Agora Tae tinha a sensação de que as estrelas estavam o olhando lá embaixo e rindo da criança tola que tinha as pregado no teto.

Até mesmo as estrelas não estavam tão solitárias quanto ele.

Tae estreitou seus olhos e estirou língua para as estrelas.

Ele continuou a alisar as rugas nos lençóis da cama, nadando no mar de seus próprios pensamentos. Com o tecido macio debaixo de seus dedos e o som calmante de pele no material ele foi levado para seu mundo dos sonhos, cheio de coelhinhos e naves espaciais. E frequentemente ele via um sorriso reconfortante, bochechas marcadas por covinhas fundas.

d i m p l e s | Tradução PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora